Por Marcelo Procópio
Os moradores da Região Metropolitana, no Rio de Janeiro (RJ), têm se beneficiado das recentes melhorias na BR-493, conhecida como Arco Metropolitano. Com um investimento de R$ 27,6 milhões pelo Governo Federal, foram entregues novas passagens inferiores e trechos recuperados, prometendo um trânsito mais confortável e seguro para os 3,7 milhões de pessoas que utilizam essa via estratégica, tanto para turismo quanto para o comércio. No entanto, essa promessa de progresso tem um custo alto e injusto. E. Um dos episódios do Podcast o professor Evandro Brasil e o advogado Dr Paulo Peres chegaram a conclusão de que este poderia ser no momento considerado o pedágio mais caro do país.
A tarifa do pedágio, cobrada pela Ecoriominas, é um verdadeiro abuso. A cobrança de R$ 19,40 nos dois sentidos para uma via de apenas 26 km de extensão é exorbitante. Esse valor desproporcional tem gerado revolta entre os usuários da rodovia, que já arcam com o peso de impostos elevados e outras taxas.
A falta de diálogo da Ecoriominas com a população local só piora a situação. A concessionária parece ignorar as demandas e preocupações dos moradores que dependem diariamente da BR-493. Esse descaso é percebido nas falas dos próprios populares:
"É um absurdo pagar quase R$ 20 para percorrer uma estrada tão curta. Esse pedágio está tirando dinheiro do nosso bolso sem oferecer nada em troca," reclama Maria da Silva, residente de um dos 13 municípios abrangidos pela via.
João Souza, motorista de caminhão que utiliza a BR-493 regularmente, também expressa sua insatisfação: "O pedágio está encarecendo o frete e prejudicando nosso trabalho. A Ecoriominas precisa rever esses preços e ouvir quem usa a estrada todo dia."
A indignação não para por aí. José Almeida, morador de Nova Iguaçu, destaca a falta de transparência: "Nós não fomos consultados sobre esse aumento. É uma falta de respeito com a população que depende dessa rodovia para trabalhar e viver."
A situação atual da BR-493 reflete um desequilíbrio evidente entre os investimentos feitos e os valores cobrados. Apesar das melhorias promovidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que incluem pavimentação, recapeamento e sinalização, a cobrança imposta pela Ecoriominas não justifica a extensão e a qualidade dos serviços oferecidos.
É essencial que a Ecoriominas estabeleça um canal de diálogo com os moradores e revise urgentemente as tarifas do pedágio. Os investimentos públicos devem beneficiar a população, e não servir de pretexto para a exploração financeira por parte das concessionárias. A justiça e a equidade na cobrança de pedágios são fundamentais para garantir que o progresso chegue a todos de maneira justa e acessível.
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