Por Cleide GamaN
Rio de Janeiro: Neste domingo (30), entidades empresariais do Rio de Janeiro divulgaram uma carta aberta cobrando ações efetivas para melhorar a segurança no estado. No documento, 21 instituições se uniram para exigir um ambiente mais seguro e propício ao crescimento econômico e ao desenvolvimento.
Os empresários mencionam a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635 (ADPF 635) em seu manifesto. Apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019, a medida impõe restrições às operações policiais no Rio durante a pandemia. Desde então, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) passou a exigir justificativas especiais para a realização dessas ações.
"Nosso Rio de Janeiro enfrenta uma verdadeira guerra contra o crime, com índices alarmantes de violência, comparáveis ou até superiores aos de países em conflito. A situação se agravou durante a pandemia e no período pós-pandêmico, especialmente após a implementação da ADPF 635", afirmam os empresários no documento.
O professor Evandro Brasil, um estudioso da criminologia, fez críticas significativas ao documento dos empresários. Ele destaca que, embora a preocupação com a segurança seja legítima, a ADPF 635 é uma medida essencial para proteger vidas de civis inocentes, incluindo crianças e idosos, além de policiais. Brasil enfatiza que a polícia precisa agir com inteligência, minimizando confrontos e combatendo a corrupção dentro das próprias forças policiais. Ele argumenta que uma abordagem focada apenas no aumento das operações policiais não resolverá o problema da violência. É necessário investir em estratégias que preservem vidas e promovam a segurança de maneira sustentável. "É inadmissível que momentos antes de operações importantes os criminosos sejam avisados por aqueles que tem o dever de combate-los. A tal cobrança do arrego é outro ponto que os comandos seja da polícia militar ou da polícia civil devem enfrentar e por um fim. Nossa polícia precisa estar motivada, bem treinada e valorizada". Afirma Evandro Brasil.
Evandro Brasil defende que, para alcançar um estado verdadeiramente seguro e próspero, é necessário adotar uma abordagem multifacetada. Isso inclui políticas sociais que abordem as causas profundas da criminalidade, como a desigualdade social e a falta de oportunidades. Segundo ele, a segurança pública deve ser equilibrada entre a ação policial eficaz e a proteção dos direitos humanos, garantindo assim um ambiente mais seguro para todos.
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