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Foto de Arquivo: Deputado Federal Pedro Campos (PSB-PE) |
Por Marcelo Procópio
Política: Em entrevista à CNN no último sábado (1°), o novo líder do PSB na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PSB-PE), destacou a importância de alinhar as pautas políticas com as demandas populares. Irmão do prefeito de Recife, João Campos (PSB), o deputado criticou o Partido Liberal (PL) por propor ideias que, segundo ele, não refletem os anseios da população. Campos citou como exemplo sua experiência na Comissão de Educação, onde atua ao lado do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele afirmou que muitas propostas do PL não avançaram porque o centro político percebeu que não havia apoio popular para elas.
"A melhor maneira de vencer o desequilíbrio no Congresso é estar ao lado de pautas importantes para o povo", declarou Campos. Um dos exemplos mencionados foi a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O deputado acredita que medidas como essa têm potencial para conquistar apoio popular e, consequentemente, o aval do centro político. "Se o governo trouxer propostas importantes, como a reforma tributária da renda, há caminho para criar os votos necessários e convencer o centro", afirmou.
A proposta de isenção do IR para salários de até R$ 5 mil foi recentemente sinalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu enviar o projeto ao Congresso em breve. A medida, que deve extinguir a tabela progressiva vigente, tem como contrapartida a taxação de rendas mais altas, como forma de compensar a renúncia fiscal. "A reforma tributária da renda deve seguir a mesma premissa da reforma do consumo: neutralidade na tributação, sem aumento da carga tributária", explicou Campos. "Se vamos isentar quem ganha até R$ 5 mil, precisamos aumentar a alíquota para quem ganha mais de R$ 50 mil ou R$ 100 mil. Esse é um debate que o Parlamento terá que fazer."
Especialistas em política e economia têm opiniões divergentes sobre a proposta. Evandro Brasil, professor e dirigente partidário, avalia que a medida pode ser positiva, mas alerta para os desafios de implementação. "A isenção para quem ganha até R$ 5 mil é justa e alivia a pressão sobre a classe média baixa. No entanto, é fundamental que a taxação dos mais ricos seja feita de forma eficiente, para evitar déficits fiscais", afirmou. J**Maria Fernanda, cientista política da USP, vê a proposta como uma estratégia política. "Essa medida pode ser uma forma de o governo Lula reconquistar a confiança da população, especialmente após as críticas sobre a falta de avanços em reformas estruturais", analisou.
Legisladores também se manifestaram sobre o tema. Deputados do PL, por exemplo, criticam a proposta, argumentando que ela pode desincentivar o empreendedorismo. "Taxar os mais ricos pode parecer justo, mas precisamos tomar cuidado para não prejudicar quem gera empregos e movimenta a economia". Por outro lado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu a medida como um passo importante para reduzir a desigualdade. "É essencial que o sistema tributário seja mais justo, cobrando mais de quem tem mais e aliviando a carga sobre os trabalhadores de baixa renda", afirmou.
Pedro Campos reforçou que a reforma não deve ser vista como um aumento de impostos, mas sim como uma redistribuição mais justa da carga tributária. "Precisamos garantir que não será uma reforma para aumentar impostos, mas para reduzir a carga sobre a população", concluiu.
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