Foto de Arquivo: Cannabis Medicinal
Por Cleide Gama
Saúde: A cannabis medicinal tem se destacado como uma alternativa terapêutica promissora, trazendo alívio para diversas condições de saúde. Extraída da planta Cannabis sativa, essa forma de tratamento atua diretamente em diferentes áreas do organismo, incluindo o cérebro. Diferente do uso recreativo, a cannabis medicinal é cultivada e processada para fins exclusivamente terapêuticos.
No Brasil, sua aplicação tem sido amplamente estudada e utilizada no tratamento de dores crônicas, ansiedade, epilepsia, esclerose múltipla, depressão, sequelas de AVC, câncer e efeitos adversos de terapias como a quimioterapia. Os medicamentos disponíveis nas farmácias brasileiras podem ser encontrados em duas formas principais: o CBD isolado (composto apenas por canabidiol) e o full spectrum (que combina canabidiol com THC e outros canabinoides, como CBG e CBN).
O canabidiol (CBD) tem ação relaxante, sendo utilizado como analgésico, sedativo e anticonvulsivo. Já o tetra-hidrocanabinol (THC) é reconhecido por seus efeitos antidepressivos, estimulantes de apetite e anticonvulsivos. Estudos indicam que a cannabis medicinal pode trazer benefícios para doenças como esclerose múltipla, Parkinson, esquizofrenia, Alzheimer e dores crônicas. Além disso, há pesquisas que sugerem sua eficácia no tratamento do autismo, com melhora na interação social e redução de sintomas como insônia e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O professor Evandro Brasil é um estudioso no campo da Biomedicina e afirma que no Rio de Janeiro, o médico e pesquisador Dr. Alexandre Cardoso tem se destacado na defesa do uso terapêutico da cannabis. Evandro ainda acrescenta que, quando usada com orientação médica, a terapia é segura e pode transformar vidas. "Os pacientes relatam melhor qualidade de vida, redução da dor e mais autonomia em seu dia a dia", afirma o professor.
Muitos brasileiros têm demonstrado apoio à regulamentação e ampliação do acesso à cannabis medicinal. Famílias que utilizam a terapia relatam impactos positivos. "Meu filho sofria com crises epilépticas severas, e depois de iniciar o tratamento com CBD, tivemos uma mudança impressionante. Hoje, ele tem uma vida mais tranquila", conta Marina Souza, mãe de um paciente.
O tema também mobiliza a sociedade civil. João Batista, aposentado de 67 anos, faz uso da cannabis medicinal para aliviar dores crônicas. "Passei anos sofrendo com artrite severa e, desde que comecei o tratamento, minha dor reduziu drasticamente. É uma alternativa que deveria ser mais acessível a todos que precisam."
A regulamentação no Brasil vem avançando. Em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação de produtos derivados de cannabis para fins terapêuticos, e, em 2019, regulamentou a venda desses produtos nas farmácias. Em 2020, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente as propriedades medicinais da cannabis, retirando-a da lista de substâncias perigosas. Já em 2023, o estado de São Paulo passou a oferecer medicamentos à base da planta gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e outras 24 unidades federativas estão avançando com legislações similares.
A cannabis medicinal representa uma revolução no cuidado à saúde, trazendo esperança para milhões de pessoas. Com o avanço das pesquisas e a regulamentação adequada, esse tratamento tem potencial para melhorar significativamente a qualidade de vida de muitos pacientes.
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