domingo, 22 de junho de 2025

Fake News Nuclear: A Mentira que Coloca o Brasil na Mira da Geopolítica Internacional!

Foto de Arquivo: Navio iraniano em visita ao Brasil em 2023

Por Cleide Gama 

Nuclear: Nos últimos dias, as redes sociais foram invadidas por uma narrativa absurda e perigosa: a acusação de que o Brasil teria enviado urânio ao Irã para a fabricação de armas nucleares. A informação é completamente falsa e foi desmontada por uma apuração detalhada do jornal O Folhão, além de ser desmentida por especialistas em segurança internacional.

O conteúdo que circula nas redes tira de contexto uma fala do presidente Lula durante a Cúpula dos Brics, realizada em 2023. Na ocasião, Lula mencionou um acordo diplomático fechado em 2010, mediado pelo Brasil junto com a Turquia, com objetivo exclusivamente pacífico: garantir o envio de urânio LEVE, enriquecido a níveis baixos, para uso em pesquisas médicas no Irã. Esse acordo, inclusive, foi avalizado por organismos internacionais na época, mas acabou sendo barrado pelos Estados Unidos.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), o Brasil jamais forneceu urânio ao Irã com fins bélicos. O país é signatário de tratados internacionais de controle nuclear, como o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e o Tratado de Tlatelolco, e todas as nossas instalações nucleares são regularmente inspecionadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).

Além disso, outra mentira que circula é a de que o Brasil teria entregue urânio aos dois navios iranianos que atracaram no Porto do Rio de Janeiro em fevereiro de 2023. Segundo nota oficial da Marinha do Brasil, a visita foi diplomática e restrita a atividades sociais da tripulação, sem qualquer movimentação de materiais sensíveis ou bélicos.

Especialistas em geopolítica, como o professor de Relações Internacionais Rodrigo Alvarez, alertam: "Esse tipo de fake news pode gerar desgastes diplomáticos graves e colocar em xeque a credibilidade internacional do Brasil".

Outra preocupação levantada por analistas é o uso crescente de perfis falsos e avatares criados por inteligência artificial para disseminar esse tipo de conteúdo. O grupo de checagem Comprova identificou que os dois principais perfis que espalharam essa fake news possuem comportamento típico de operações coordenadas de desinformação. Um deles sequer tem foto real, usando uma imagem com mais de 99% de chance de ser gerada por IA.

Esses perfis promovem um discurso de ódio, com forte viés ideológico, exaltando pautas de extrema direita, elogiando Jair Bolsonaro, atacando o Supremo Tribunal Federal e o PT. Além disso, fazem um alinhamento cego com as políticas dos Estados Unidos e de Israel, usando hashtags como #EsquerdaNunca e #DeusAcimaDeTudo para atrair engajamento fácil.

O que está em jogo aqui não é apenas uma disputa de narrativas. Estamos falando da imagem do Brasil no cenário global e da manipulação consciente de milhões de pessoas. Especialistas alertam que a proliferação de fake news nesse nível é uma ameaça real à democracia e à segurança nacional.

Por isso eu reforçamos: "O Brasil de fato pode ser uma grande nação se todos nós usássemos apenas a verdade e a tolerância como estratégias de comunicação."

Combater a desinformação é um dever cívico!

Antes de compartilhar qualquer coisa, verifique as fontes!

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