| Foto de Arquivo: Gilson Machado ao lado de Jair Messias Bolsonaro |
Por Marcos Vinícius
Golpe de Estado: O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, foi detido na manhã desta sexta-feira (13) em Recife, capital pernambucana, como parte de uma ação da Polícia Federal. A prisão ocorre em meio a um contexto de intensificação das apurações sobre atos que tentam interferir nos desdobramentos jurídicos relacionados ao governo anterior. Segundo apurações recentes, Machado teria solicitado ao consulado de Portugal a emissão de um passaporte para o tenente-coronel Mauro Cid, com o objetivo de facilitar sua saída do Brasil. A solicitação, feita em 12 de maio, é interpretada pelos investigadores como uma possível manobra para dificultar o curso das investigações em andamento contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, Gilson Machado utilizou suas redes sociais para divulgar uma campanha de arrecadação financeira destinada a Bolsonaro, atitude que levantou suspeitas sobre a tentativa de mobilização de recursos para fins ainda não esclarecidos. Diante das evidências, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a instauração de um inquérito formal, bem como a autorização para buscas e apreensões em endereços ligados ao ex-ministro. O objetivo das diligências é encontrar materiais como documentos, mídias digitais, anotações e aparelhos eletrônicos que possam aprofundar a compreensão da possível tentativa de obstrução da Justiça.
Embora o pedido de passaporte não tenha sido atendido, a Procuradoria vê indícios de que Machado possa procurar outras representações diplomáticas para alcançar seu intento. As ações em curso apontam para uma estratégia coordenada de obstrução, o que levou à intensificação da resposta institucional. O caso reforça o cerco a figuras do alto escalão do governo passado suspeitas de envolvimento com atos considerados atentatórios à democracia.
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