Foto de Arquivo: Carlos Lupi (PDT) pede demissão do cargo de Ministro da Previdência Social (CNN)
por Marcelo Procópio
Fraudes: Apesar da repercussão nacional e do pedido de exoneração do ministro Carlos Lupi, é essencial contextualizar corretamente o escândalo que abalou a Previdência Social. As investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União revelaram que o esquema bilionário de fraudes e descontos indevidos nos benefícios do INSS teve início ainda durante o governo de Jair Messias Bolsonaro, entre os anos de 2019 e 2022.
Segundo os órgãos de controle, as primeiras autorizações para que associações passassem a descontar valores diretamente dos aposentados ocorreram na gestão bolsonarista, período em que o então presidente do INSS nomeado por Bolsonaro flexibilizou as regras de convênios com entidades privadas. Foi nessa brecha que organizações fraudulentas passaram a operar livremente, sem fiscalização eficaz, em prejuízo dos aposentados.
Mesmo diante desses fatos documentados, políticos da extrema direita tem tentado manipular a narrativa para atacar a imagem do presidente Lula, ignorando que o esquema já estava em pleno funcionamento antes do atual governo. Em vez de reconhecer o esforço do governo Lula em investigar, desmontar e punir os responsáveis, bolsonaristas nas redes sociais e em canais de desinformação têm atribuído o escândalo exclusivamente à gestão petista.
Essa estratégia de distorção dos fatos revela uma postura hipócrita de setores da oposição, que ignoram a origem do problema e buscam transformar vítimas em vilões. O governo Lula, ao aceitar a exoneração de Carlos Lupi e suspender imediatamente todos os convênios suspeitos, demonstrou responsabilidade e transparência — algo que não se viu na gestão anterior.
A verdade é que o escândalo nasceu no silêncio do governo Bolsonaro e veio à tona graças à atuação dos órgãos de controle e da imprensa livre no atual governo. A tentativa da extrema direita de reescrever a história é um alerta: precisamos de vigilância não apenas contra a corrupção, mas também contra a manipulação da verdade.
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