Tenente Jonathan: Herói da PM morto em tiroteio marca nova onda de tensão no Recreio

Tenente Jonathan Francisco da Silva, 34 anos - reprodução 

Por Marcos Vinicius 

Polícia: Na madrugada de 15 de novembro de 2025, o tenente da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Jonathan Francisco da Silva, de 34 anos, perdeu a vida após ser atingido por tiros durante uma operação na comunidade Beira Rio, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da cidade. 

Segundo a corporação, agentes do 31º Batalhão da PM (Recreio) realizavam uma abordagem quando foram surpreendidos por criminosos armados com fuzis. Jonathan foi ferido, ainda socorrido e levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. 

Durante o confronto, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) registrou a ocorrência. Um dos suspeitos também ficou ferido no local, e os policiais apreenderam com ele um fuzil. O tenente havia ingressado na corporação em maio de 2019. Ele deixa esposa e uma filha de três anos. 

Em nota, o comandante-geral da PM do RJ afirmou: “tirar um policial da tropa e da família por ação criminosa ‘não pode e não será tratada com naturalidade’”. A corporação prometeu buscar justiça com “firmeza” e responsabilizar os autores do ataque. 

Ainda na manhã deste sábado, as famílias realizaram a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML), mas até agora não há confirmação sobre o horário ou local do sepultamento. 

Para conter a retomada de violência após a morte do tenente, a PM deflagrou uma operação na comunidade César Maia, em Vargem Grande. A ação mobiliza unidades especializadas, como o BOPE, o Batalhão de Choque (BpChq) e o 18º BPM (Jacarepaguá), segundo fontes da corporação. 

A trágica morte de Jonathan reforça a gravidade dos confrontos entre a polícia e organizações criminosas em favelas do Rio. Só em 2025, operações policiais intensificaram-se em diversas comunidades, levantando preocupações sobre a escalada da violência e o risco para agentes e civis.

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