terça-feira, 18 de novembro de 2025

Frieza, disputa de guarda e trama mortal: o caso Gabrielle Cristine ganha novos desdobramentos

Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anos, apontada pela polícia como a responsável por encomendar a morte de Laís de Oliveira Gomes - reprodução 

Por Marcelo Procópio 

Polícia: A jovem Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anos, apontada como a responsável por encomendar a morte de Laís de Oliveira Gomes, foi levada na tarde desta terça-feira (18) da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela enfrentará uma audiência de custódia ainda hoje. Após se apresentar à polícia na segunda-feira (17), Gabrielle passou a noite detida na unidade especializada.

Antes de seguir para o sistema prisional, ela deve passar pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Durante a saída da delegacia, manteve a postura fria e respondeu de forma lacônica às perguntas da imprensa, sem demonstrar qualquer emoção ao ser questionada sobre o crime.

De acordo com o delegado Robinson Gomes, responsável por representar pela prisão temporária, esse comportamento já era esperado. “Ela demonstra características de personalidade manipuladora, controladora e emocionalmente dissociada. É um perfil que lembra traços psicopáticos”, afirmou.


Avanço das investigações

A DHC deve ouvir novas testemunhas nesta quarta-feira (19) e não descarta o indiciamento de uma quinta pessoa. O delegado preferiu não revelar nomes para não atrapalhar a investigação.

Até agora, três pessoas já foram presas por envolvimento direto na execução:

- Ingrid Luiza da Silva Marques, identificada como intermediária entre Gabrielle e os executores;

- Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto, que confessaram participação no assassinato.

As investigações apontam que Gabrielle teria oferecido cerca de R$ 20 mil para que Laís fosse morta. O crime ocorreu com extrema crueldade: Laís foi executada com um tiro na nuca diante do próprio filho, de apenas 1 ano e 8 meses, no bairro de Sepetiba, Zona Oeste.


Disputa de guarda, ciúme e rivalidade

Nas redes sociais, Gabrielle tentava ocupar o papel de mãe da criança, publicando fotos e interações como se fosse a responsável pela criação da filha de Laís. Pessoas próximas relatam que ela mantinha uma espécie de competição com a vítima, chegando a realizar festas de aniversário paralelas.

Segundo o delegado, Gabrielle chegou a solicitar guarda exclusiva da criança, pedido que foi negado pela Justiça. As investigações indicam que essa frustração pode ter intensificado seu comportamento controlador e contribuído para a motivação do crime.


Novas informações e contexto judicial

Especialistas ouvidos pela imprensa apontam que o caso deve seguir para qualificação de homicídio por motivo torpe, com agravantes como promessa de pagamento, premeditação e impossibilidade de defesa da vítima. Se condenados, os envolvidos podem pegar penas que ultrapassam 30 anos de prisão.

Fontes do sistema prisional também informaram que Gabrielle deve ser inicialmente encaminhada para uma cela de triagem, onde passará por avaliação psicológica e social — procedimento padrão em casos de grande repercussão.

A população de Sepetiba segue abalada com a brutalidade do crime, enquanto familiares de Laís clamam por justiça. O caso continua recebendo ampla atenção nas redes e na imprensa, tanto pela gravidade quanto pela frieza demonstrada pela suposta mandante.


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