por Cleide Gama
Fuzis apreendidos pela Polícia Federal na RJ-127 (Divulgação / Polícia Federal)
Segurança Pública: Em uma operação realizada na madrugada desta quinta-feira (30), a Polícia Federal (PF) apreendeu 11 fuzis na RJ-127, próximo a Paracambi, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A ação, que contou com o apoio da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE), resultou na prisão de dois homens suspeitos de transportar o armamento, que teria como destino o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, área dominada pelo Comando Vermelho. A abordagem foi realizada após investigações de inteligência indicarem que um dos suspeitos transportava material ilícito na região. Os agentes interceptaram um carro e uma motocicleta, onde encontraram as armas armazenadas em três bolsas.
Um dos detidos já havia sido preso em 16 de janeiro por tráfico de drogas e estava em liberdade provisória desde o dia 18 do mesmo mês. Os acusados agora enfrentam acusações de comércio ilegal de armas de fogo, crime que pode resultar em pena superior a 12 anos de prisão.
O professor Evandro Brasil, que é um estudioso da criminologia e segurança pública, comentou o caso e destacou a necessidade de medidas mais contundentes para combater o tráfico de armas. Ele afirmou que "o governo federal deveria exigir que as Forças Armadas realizem operações coordenadas para retirar das ruas as armas de uso restrito, que são cada vez mais utilizadas por facções criminosas". Segundo ele, a atuação conjunta entre as forças de segurança e as Forças Armadas poderia reduzir significativamente o poder de fogo desses grupos, contribuindo para a diminuição da violência urbana.
Brasil também ressaltou a importância de políticas públicas que ataquem não apenas o tráfico de armas, mas também as raízes do crime organizado, como o fortalecimento da inteligência policial e a melhoria das condições socioeconômicas nas áreas mais vulneráveis. "Enquanto houver demanda por armas e drogas, o problema persistirá. É essencial combater tanto a oferta quanto as causas que levam ao envolvimento com o crime", concluiu o professor.
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