Brasil Avança na Inteligência Artificial e Protege Dados Nacionais, Diz Ministra

Foto de arquivo: Brasil tem seu plano de IA já em implementação, diz ministra à CNN (Fonte MSN)

por Marcos Vinícius

Tecnologia: A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, afirmou em entrevista à CNN nesta quarta-feira (29) que o Brasil já está em fase de implementação de seu plano de inteligência artificial. Segundo ela, o desenvolvimento dessa tecnologia abre novas possibilidades para o país. "O Brasil está estruturando um plano sólido de inteligência artificial que já está sendo colocado em prática. Isso fortalece ainda mais nossas oportunidades", declarou Santos durante o CNN 360º.

A ministra alertou sobre o grande interesse internacional nos dados brasileiros e enfatizou a necessidade de manter essas informações sob controle nacional. "Precisamos garantir que os dados gerados pela nossa inteligência permaneçam em nossas mãos", afirmou. Santos citou setores estratégicos como o Sistema Único de Saúde (SUS), a Embrapa e institutos de pesquisa como alvos de interesse estrangeiro, destacando que tais informações devem ser protegidas de empresas privadas e permanecer sob domínio nacional.

Além disso, a ministra comentou sobre o avanço do modelo de inteligência artificial DeepSeek, desenvolvido por uma startup chinesa. Os modelos DeepSeek R1 e V3, que possuem código aberto, permitem que outras empresas testem e modifiquem suas aplicações. O lançamento do chatbot DeepSeek rapidamente se tornou um dos aplicativos mais baixados na App Store da Apple, causando um impacto significativo no mercado financeiro dos Estados Unidos, que viu cerca de US$ 1 trilhão ser eliminado do valor de ações do setor de tecnologia.

"Embora seja cedo para avaliar todas as implicações dessa tecnologia, já ficou claro que ela veio para ficar e já abalou os mercados financeiros, especialmente no setor tecnológico", afirmou a ministra.

Luciana Santos também destacou que o Brasil buscará referências no modelo da DeepSeek para o desenvolvimento de sua própria inteligência artificial. "Queremos criar nossos próprios modelos, mas é natural que nos inspiremos nas tecnologias mais avançadas para acelerar nosso desenvolvimento", explicou.

Com essa estratégia, o Brasil reforça sua posição na corrida pela inovação tecnológica enquanto protege seus dados estratégicos e busca autonomia no setor de inteligência artificial.

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