Por Marcelo Procópio
Política: No último sábado (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viveu um momento de frustração ao se despedir da esposa, Michelle Bolsonaro, no aeroporto de Brasília. A ex-primeira-dama embarcou para os Estados Unidos para prestigiar a posse de Donald Trump, enquanto Bolsonaro permaneceu no Brasil devido à retenção de seu passaporte.
A decisão de impedir a viagem foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que alegou risco de fuga, já que Bolsonaro é investigado em múltiplos processos. Visivelmente abatido, o ex-presidente afirmou estar sofrendo uma "perseguição política" e chegou a se considerar um "preso político". "Eu queria estar lá, já tinha pré-agendado encontros com chefes de Estado. Mas, infelizmente, não posso comparecer", lamentou.
A decisão gerou reações divididas. Para apoiadores, a proibição reforça o argumento de que Bolsonaro é alvo de uma retaliação política. "Isso é um absurdo! Ele foi eleito por milhões de pessoas e continua sendo uma figura importante para a direita no Brasil", comentou João Silva, comerciante e eleitor do ex-presidente. Já para críticos, a medida é coerente com as investigações em andamento. "Se há processos contra ele e o risco de fuga foi identificado, a Justiça está apenas cumprindo seu papel", opinou a advogada Carolina Menezes.
Outro ponto polêmico foi a declaração de Bolsonaro de que Trump estaria ciente da situação e poderia “colaborar com a democracia brasileira, afastando inelegibilidades políticas”. A fala gerou debates sobre até que ponto um líder estrangeiro pode ou deve intervir na política interna do Brasil.
Enquanto Michelle Bolsonaro segue para a posse de Trump, a ausência de Bolsonaro no evento reforça o atual isolamento político do ex-presidente. Apesar de ainda ser uma figura central para a direita, sua inelegibilidade e as restrições judiciais colocam em xeque seu futuro político. O desfecho dessa história pode definir não apenas o destino de Bolsonaro, mas também os rumos da direita no Brasil.
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