sábado, 18 de outubro de 2025

Trabalho por aplicativo cresce no Brasil e já ocupa milhões de trabalhadores, aponta IBGE

Foto de Arquivo: Motorista por aplicativo 

Por Marcos Vinicius 

O trabalho por aplicativo continua em forte expansão no Brasil. Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, em 2025, o número de brasileiros que têm nas plataformas digitais sua principal fonte de renda atingiu o maior patamar da série histórica.

De acordo com o levantamento, o país já conta com mais de 1,8 milhão de pessoas trabalhando em aplicativos de transporte, entrega e serviços diversos, o que representa um crescimento superior a 20% em relação ao ano anterior. A pesquisa inclui motoristas de transporte individual, mototaxistas, entregadores de comida e profissionais autônomos que utilizam aplicativos para conectar-se a clientes.


Mais horas e menos proteção social

O estudo do IBGE mostra também que quem trabalha por aplicativo passa mais tempo na ativa. Em média, esses profissionais dedicam 44,5 horas semanais às plataformas — uma jornada superior à média nacional de 39,6 horas entre os trabalhadores com carteira assinada.

Além da carga horária elevada, os dados apontam que a maioria desses profissionais não possui cobertura previdenciária nem benefícios trabalhistas, como férias ou 13º salário. A ausência de vínculos formais faz com que o rendimento dependa diretamente do número de corridas, entregas ou serviços realizados.

“Os aplicativos trouxeram oportunidade de renda para milhões de brasileiros, mas também colocaram em evidência a necessidade de novas regras que protejam o trabalhador digital”, afirma o economista João Diniz, consultor em mercado de trabalho e inovação.


Perfil dos trabalhadores

Segundo o IBGE, homens representam cerca de 78% dos trabalhadores por aplicativo, com maior concentração nas faixas etárias entre 25 e 44 anos. A maioria tem ensino médio completo, e cerca de 60% afirmam que o trabalho em plataforma é sua única fonte de renda.

O crescimento é mais visível nos grandes centros urbanos, especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste, onde a demanda por mobilidade urbana e entregas rápidas segue em alta.


Transformação no mundo do trabalho

Especialistas apontam que o fenômeno reflete uma mudança estrutural no mercado de trabalho brasileiro, impulsionada pela tecnologia, pela crise econômica e pela busca de autonomia.

O IBGE destaca que, embora o setor ainda enfrente desafios de regulamentação, o trabalho por aplicativo já é parte integrante da economia nacional, movimentando bilhões de reais por ano.


Debate sobre regulamentação

O governo federal e representantes das empresas de aplicativo discutem, desde 2023, uma proposta de regulamentação do trabalho digital. O texto prevê direitos mínimos, como contribuição previdenciária e remuneração mínima por hora trabalhada.

Entretanto, as negociações avançam lentamente, diante da resistência de parte das empresas e das divergências entre categorias profissionais.

Enquanto isso, motoristas e entregadores continuam nas ruas, garantindo a mobilidade de milhões de brasileiros e sustentando um setor que já se tornou um dos pilares da nova economia.


📊 Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua 2025)

📍 Brasília, outubro de 2025



Brasil e Estados Unidos buscam reaproximação em meio a tensões tarifárias e negociações bilaterais

Mauro Vieira diz que reunião com Rubio teve "clima excelente" e que reiterou necessidade de reversão das tarifas (Fonte Zero Hora)

Por Cleide Gama 

As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos vivem um momento decisivo. Após meses de incertezas e ameaças de novas tarifas, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump voltaram a dialogar, buscando um acordo que reduza tensões e restabeleça a confiança entre as duas maiores economias do continente americano.

De acordo com fontes diplomáticas, Lula e Trump conversaram por telefone nesta semana, discutindo alternativas para conter os impactos das tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas pelo governo norte-americano. O presidente brasileiro reforçou que as medidas “prejudicam setores produtivos de ambos os países” e defendeu a criação de uma agenda positiva voltada ao investimento em energia limpa, tecnologia e minerais estratégicos.

Trump, por sua vez, teria se mostrado aberto a um diálogo “sem concessões automáticas”, mas afirmou que o objetivo é “garantir que o comércio entre os dois países seja justo e equilibrado”. A conversa foi descrita por diplomatas como “franca, mas construtiva”.


Encontro diplomático em Washington

Enquanto Lula e Trump ensaiam uma reaproximação política, a diplomacia trabalha nos bastidores. O chanceler brasileiro Mauro Vieira se reuniu na Casa Branca com o assessor econômico norte-americano Marco Núbio, em uma conversa que durou mais de duas horas.

Segundo nota conjunta divulgada pelo Itamaraty e pelo Departamento de Estado, o encontro tratou da redução de tarifas sobre produtos aeronáuticos, agrícolas e minerais estratégicos, além da cooperação em energias renováveis e boas práticas regulatórias.

Vieira destacou que “o Brasil e os Estados Unidos compartilham valores democráticos e podem construir uma parceria mais moderna e menos burocrática”. Marco Núbio, por sua vez, afirmou que o governo norte-americano “reconhece o papel do Brasil como potência energética e player global no setor de alimentos e biocombustíveis”.


Comércio bilionário e desafios estruturais

Em 2024, o comércio bilateral entre os dois países movimentou mais de US$ 90 bilhões, segundo o United States Trade Representative (USTR), com crescimento acima de 8% em relação ao ano anterior. As exportações brasileiras para os EUA — principalmente petróleo, ferro, alumínio e produtos agrícolas — somaram cerca de US$ 40 bilhões, enquanto as importações brasileiras de bens norte-americanos chegaram a valor semelhante.

Apesar do volume expressivo, as tarifas impostas em 2025 geraram preocupação entre exportadores brasileiros, especialmente dos setores de aeronáutica, etanol e açúcar. A Embraer, por exemplo, enfrenta uma taxa de 10% sobre aeronaves enviadas ao mercado norte-americano.

Para mitigar os impactos, o governo brasileiro anunciou R$ 5,5 bilhões em créditos para exportadores, segundo a Agência AP News. A medida busca compensar parte das perdas causadas pelas tarifas e manter a competitividade do produto nacional.


Caminho para um novo acordo

Entre os principais pontos de convergência nas conversas diplomáticas estão:

  • A criação de um mecanismo de cooperação em minerais estratégicos, como lítio e terras-raras.
  • A retomada de um acordo setorial para o comércio de aeronaves e tecnologia de defesa.
  • E a ampliação do Protocolo de Regras Comerciais e Transparência, firmado em 2022 no âmbito do Agreement on Trade and Economic Cooperation (ATEC).

Fontes próximas ao Palácio do Planalto afirmam que uma reunião entre Lula e Trump poderá ocorrer “nas próximas semanas”, possivelmente em território neutro, como Nova York ou Brasília. O objetivo seria formalizar um plano de trabalho conjunto e evitar a escalada de retaliações comerciais.


Perspectivas

Especialistas avaliam que o sucesso das negociações dependerá da disposição dos dois governos em encontrar soluções de médio prazo. Caso contrário, o Brasil poderá intensificar sua diversificação de parceiros comerciais, reforçando laços com China, Índia e União Europeia.

Ainda assim, diplomatas de ambos os lados classificaram o momento atual como “uma oportunidade histórica para redefinir o relacionamento Brasil–EUA no século XXI”.


Fontes: USTR, Reuters, Agência Brasil, AP News, Itamaraty, Atlantic Council.
📍 Washington, outubro de 2025.


domingo, 12 de outubro de 2025

Sinal de Violência: Empresário de Internet é Executado em Rodovia do Rio

Foto de Arquivo: fonte : G1

Por Cleide Gama 

Caso de Polícia: Uma cena de violência chocou a Rodovia Santos Dumont (BR-116) na tarde desta sexta-feira (10). Joanilson Silva Gonçalves Júnior, um empresário de 29 anos do ramo de internet, foi executado a tiros enquanto dirigia seu carro na altura de Magé, na Baixada Fluminense.

Por volta das 16h, no Km 123, criminosos em uma motocicleta se aproximaram do Fiat Palio da vítima e efetuaram vários disparos. Joanilson, baleado, não conseguiu manter o controle do veículo, que veio a colidir na via. A Polícia Rodoviária Federal foi ao local, mas infelizmente a vítima já não resistira aos ferimentos.

As investigações, agora a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), seguem um forte indício: a execução pode estar diretamente ligada ao trabalho da vítima. A polícia apura se Joanilson foi ameaçado e assassinado por facções criminosas devido à instalação de redes de internet em áreas dominadas por esses grupos, um serviço que as organizações exploram ilegalmente para obter lucro.

A Polícia Civil confirmou que as diligências para identificar e prender os autores deste crime brutal estão em andamento.


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Reinício diplomático ou trégua tensa? Brasil e EUA buscam reequilíbrio em momento delicado

Imagem de Arquivo: Bandeirinhas do Brasil e EUA 

Por Marcelo Procópio 

Geopolítica: Nas últimas semanas, o cenário das relações Brasil-Estados Unidos tem sido marcado por uma mistura de atritos, recuos diplomáticos e tentativas de reconciliação. O telefonema amistoso entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, a imposição de tarifas e sanções pela administração norte-americana, e a disposição de os representantes dos dois países se encontrarem pessoalmente revelam uma nova fase — cheia de expectativas e riscos — nas relações bilaterais.


A escalada dos atritos

Em meados de julho de 2025, o governo dos EUA impôs severas tarifas a produtos de origem brasileira, chegando a 40 % adicionais sobre uma série de exportações, que se somaram a uma alíquota recíproca de 10 %, gerando uma carga tributária total de até 50 % para itens brasileiros no mercado estadunidense. 

Além disso, autoridades norte-americanas revogaram vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal, acusando-os de envolvimento em decisões que, segundo Washington, ferem a liberdade de expressão e os princípios democráticos — alegações que foram recebidas pelo Brasil como ingerência externa. 

Em meio a esse clima tenso, surgiram movimentos diplomáticos para evitar que a crise se torne irreversível: o governo brasileiro contratou escritório jurídico nos EUA para reverter sanções, iniciou estudo de medidas recíprocas com base na lei de reciprocidade, e convocou sua estrutura diplomática a dialogar com o governo Trump. 



O telefonema entre Lula e Trump e o novo tom do diálogo

Em 6 de outubro de 2025, os presidentes Lula e Trump mantiveram uma videoconferência de cerca de 30 minutos, classificada por ambos como cordial e produtiva. Lula usou a oportunidade para solicitar a retirada das tarifas adicionais e a reversão das sanções a autoridades brasileiras. Trump, por outro lado, disse que ambos “irão se sair muito bem juntos”, em referência a uma suposta retomada de cooperação em comércio e política internacional. 

Logo após esse contato, o Brasil e os EUA concordaram em realizar uma reunião bilateral em Washington entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio. O encontro tem como objetivo tratar, sobretudo, das disputas comerciais e tarifárias. 

A analista Kellie Meiman Hock, da McLarty Associates, observou que o mais importante nessa fase será definir claramente o escopo das negociações — ou seja, quais temas serão prioritários e quais serão mantidos fora da mesa. 


Opiniões de cientistas políticos: riscos e motivações

Para especialistas em Relações Internacionais e Ciência Política, os movimentos recentes entre Brasília e Washington revelam tanto oportunidades quanto armadilhas.

O professor Oliver Stuenkel, da FGV, aponta que a postura de sanções e retaliações dos EUA tem potencial de fortalecer a unidade entre países emergentes frente às pressões ocidentais — um efeito paradoxal que pode reforçar alianças entre nações como os integrantes do BRICS. 

Já alguns analistas britânicos na London School of Economics alertam que o Brasil está servindo como “laboratório” para uma nova forma de intervencionismo dos EUA — que combina medidas econômicas, diplomáticas e de força normativa para moldar comportamentos de grandes democracias sem apelar ao confronto explícito. 

Esses estudiosos sugerem que uma aproximação pragmática será fundamental para evitar escaladas: que o Brasil preserve sua soberania e sistema institucional ao mesmo tempo em que negocie concessões em áreas estratégicas, como comércio, investimentos e tecnologia.



Expectativa de empresários e políticos brasileiros

Do lado empresarial, setores exportadores veem a sinalização de retomada diplomática com cautelosa esperança. Exportadores de commodities, produtos agrícolas e itens manufaturados aguardam condições mais claras — especialmente a reversão das tarifas — para planejar investimentos internacionais e restaurar cadeias de produção afetadas.

Para políticos, o momento representa chance de recompor pontes com a maior potência global e reabilitar a confiança em alianças estratégicas. Em discursos públicos, o senador Chico Rodrigues defendeu que o momento de crise deve ser aproveitado para elevar o protagonismo brasileiro no setor mineral e tecnológico, destacando que o país não pode mais ser tratado como mero fornecedor periférico. 

No Congresso, já se discute mudança no marco regulatório dos minerais críticos, que poderiam alavancar o valor agregado das exportações brasileiras e reforçar o peso negociador do país. 


Limites e desafios — o que ainda está em jogo

Mesmo com sinais de reconciliação, vários fatores podem limitar o avanço real:

Resistências internas nos EUA: a ala republicana mais dura pode pressionar Trump e Rubio a manter postura firme, dificultando concessões.

Temas sensíveis fora da pauta comercial, como decisões judiciais brasileiras, regulação de redes sociais e política interna, podem virar pontos de conflito nas negociações.

Credibilidade e fidelidade às instituições brasileiras: qualquer sinal de capitulação ou interferência será alvo de críticas internas, especialmente se a sociedade enxergar risco à independência do Judiciário.

Tempo e paciência diplomática: o desgaste acumulado exige que soluções sejam encontradas de modo gradual, sem rupturas abruptas que provoquem retrocessos.

Para que a retomada nas relações gere ganhos concretos — e não apenas retórica diplomática — será necessário equilíbrio entre pragmatismo e defesa dos interesses nacionais.

O recente reatamento entre Brasil e Estados Unidos passa por uma encruzilhada: um momento delicado em que gestos simbólicos — como o telefonema entre Lula e Trump — podem abrir caminho para negociações efetivas, mas a profundidade dessa nova fase dependerá de concessões mútuas bem calibradas.

Se bem conduzida, a aproximação pode restabelecer confiança, gerar estabilidade para o setor exportador e fortalecer o protagonismo brasileiro no cenário global. Se mal conduzida, pode gerar desconfiança interna e alimentar narrativas de fragilidade diplomática.


#BrasilEUA #Diplomacia #Tarifas #Soberania #ComércioExterior #Trump #Lula #NegociaçõesInternacionais #Reaproximação #AliançaEstratégica


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Gigante Digital no Ceará: O Brasil vai ganhar data center do TikTok com investimento de R$ 50 bi

Foto de Arquivo: Um datacenter

Por Marcos Vinicius 

Mundo digital: O governo federal anunciou que, em cerca de seis meses, terão início as obras para instalação de um mega data center da TikTok no Ceará, no Complexo do Pecém. Com investimento estimado em R$ 50 bilhões, o projeto é resultado de parceria entre a empresa-mãe da rede social, a ByteDance, e a empresa brasileira de energia renovável Casa dos Ventos.


Principais dados do projeto

  • Localização: Complexo Portuário do Pecém, no Ceará.
  • Capacidade elétrica inicial projetada: cerca de 300 megawatts (MW), com possibilidade de ampliação para 900 MW ou até 1 gigawatt (GW).
  • Consumo de energia estimado: o data center poderá operar com potência média de 210 MW (70 % da capacidade disponível) inicialmente, chegando a 300 MW em médias maiores.
  • Consumo de energia equivalente ao uso residencial de mais de 2,2 milhões de brasileiros por dia, ao considerar o consumo previsto no início; com capacidade máxima, esse número sobe.
  • Licenciamento ambiental: o projeto foi classificado como de “baixo impacto” no Ceará, enquadrado como construção civil, o que implica regras menos rigorosas do que para empreendimentos industriais ou de grande impacto.
  • Fonte de energia: prevista utilização 100% renovável, com usinas eólicas e solares dedicadas; porém haverá geradores a diesel como sistema de backup para garantir operação contínua.


Enquanto há grande expectativa quanto aos benefícios econômicos e tecnológicos do data center, também surgem críticas e alertas de pesquisadores, comunidades locais e especialistas:

Benefícios projetados:

Incluem geração de empregos qualificados, incremento de infraestrutura de dados, ampliação de capacidade de conectividade e potencial atração de outras empresas de alta tecnologia para a região. O caráter estratégico do Pecém — por sua proximidade com cabos submarinos e fonte de energia renovável — reforça esse apelo.


Críticas ambientais:

Giram em torno do consumo intensivo de energia e, especialmente, da água — essencial para resfriamento desses centros. Em região com histórico de seca, como Caucaia e municípios vizinhos, há preocupação de que o uso de água por esse empreendimento possa agravar problemas de segurança hídrica.

Professores universitários apontam que, mesmo com uso de energia renovável, há impactos que precisam ser avaliados com mais profundidade, como efeitos sobre comunidades locais, captação de água, emissão associada a backup e transporte de energia.


Sobre o licenciamento:

Críticos dizem que enquadrar o empreendimento como “construção civil” — categoria com menos exigências regulatórias — é “uma lacuna conveniente”. Isso pode resultar em monitoramento ambiental e social mais frouxo.

Para autoridades e investidores, esse data center representa uma oportunidade de consolidar o Ceará como polo tecnológico, especialmente no segmento de infraestrutura digital, e fortalecer a presença do Brasil no mapa global de data centers, que cresce com a demanda por IA, streaming e computação em nuvem.

No entanto, para que os ganhos sejam sustentáveis, especialistas recomendam:

- que haja monitoramento rigoroso de uso de água e energia;

- critérios ambientais mais específicos para data centers, ajustados às realidades climáticas locais;

- envolvimento das comunidades afetadas e transparência nos dados de consumo;

- garantias de que as conexões de transmissão elétrica e infraestrutura física consigam suportar a demanda sem comprometimentos ao sistema local;

- plano de contingência para impactos ambientais, inclusive sociais, especialmente onde há vulnerabilidade hídrica.

O data center do TikTok no Ceará pode representar um marco para o Brasil na economia digital, com significativos investimentos, geração de empregos e avanço em infraestrutura de dados. Mas seu sucesso dependerá não só do aporte financeiro, mas de como serão tratados os desafios ambientais, regulatórios e sociais. Um empreendimento dessa escala, em região de seca e fragilidades ambientais, não admite descuidos.

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Divulgação:



sábado, 4 de outubro de 2025

Mistério e Negligência no Necrotério: Corpos Mumificados Revelam Falhas Graves na Gestão Hospitalar do Rio

 

Foto de Arquivo: Hospital Municipal Salgado Filho no Rio de Janeiro 

Por Marcelo Procópio 

Polícia: A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um caso estarrecedor de descaso e possíveis irregularidades no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte. Na manhã desta sexta-feira (3), agentes da 23ª DP encontraram quatro corpos mumificados no necrotério da unidade. A descoberta ocorreu após uma série de denúncias que já vinham sendo apuradas há meses — dez queixas foram registradas relatando o envio de corpos em avançado estado de decomposição ao Instituto Médico Legal (IML) sem a devida comunicação às autoridades.

Durante a inspeção, os investigadores constataram que 14 corpos estão sob análise, com indícios de falhas na conservação e violação de protocolos de manuseio e encaminhamento de cadáveres. Um dos corpos, segundo as autoridades, estaria no hospital desde dezembro de 2024, sem identificação e em condições que impossibilitam determinar até o sexo da vítima.

Diante da gravidade dos fatos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afastou a chefe do setor responsável pela liberação dos corpos e instaurou uma sindicância interna para apurar responsabilidades. Em nota, a pasta negou que houvesse dez corpos em decomposição no local, afirmando que “trata-se de um hospital com alto número de óbitos diários” e que “quatro corpos sem identificação aguardam autorização judicial para sepultamento tardio”.

No entanto, fontes internas relatam que a câmara fria do necrotério estava sobrecarregada, com equipamentos de refrigeração parcialmente inoperantes. Técnicos afirmam que o sistema de controle de temperatura não recebe manutenção adequada há meses, o que pode ter contribuído para a mumificação dos corpos.

O caso agora é investigado por fraude processual, vilipêndio de cadáver e possíveis crimes de responsabilidade administrativa.


Opinião do especialista:

O professor Evandro Brasil, especialista em Tanatologia Forense, classificou o episódio como “um grave colapso ético e técnico na gestão da morte dentro do sistema público de saúde”. Segundo ele, a mumificação natural dos corpos — sem qualquer processo de conservação — indica exposição prolongada ao ar seco, alta temperatura e ausência total de refrigeração adequada.

“Um corpo não se mumifica em poucos dias. Esse estado reflete semanas, ou até meses, de negligência. Além de ferir a dignidade humana, compromete as análises periciais e a identificação das vítimas. Isso é uma violação do dever institucional de respeito ao morto e à família”, explica o professor Evandro Brasil.

Para o especialista, é fundamental que hospitais municipais sigam os protocolos de Tanatopraxia e conservação temporária estabelecidos pelas normas da vigilância sanitária e do Ministério da Saúde:

“A morte também precisa ser tratada com técnica e humanidade. Falhas como essas mancham a credibilidade das instituições e causam dor adicional às famílias que aguardam respostas.”

Enquanto a sindicância interna tenta identificar os responsáveis, a Polícia Civil segue investigando as condições estruturais do necrotério e possíveis omissões administrativas. O caso reacende o debate sobre a precarização dos serviços mortuários públicos e o respeito à dignidade humana — mesmo depois da morte.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Corrida pela Rentabilidade: Um Raio-X dos Lucros e Prejuízos da Uber, 99 e InDrive em 2023

Foto de Arquivo: Trânsito nas ruas de São Paulo 


Por Cleide Gama 

Mobilidade: O setor de transporte por aplicativo, que prometeu revolucionar a mobilidade urbana, continua em uma batalha intensa não só por passageiros, mas principalmente pela sustentabilidade financeira. O último ano foi um divisor de águas, marcado pelo primeiro lucro anual global de um gigante do setor, enquanto outras players ainda navegam em mares de prejuízos, especialmente em mercados competitivos como o Brasil. Este artigo analisa os resultados financeiros da Uber, 99 (controlada pela DiDi) e InDrive no último ano, explorando os fatores cruciais que ditam o sucesso ou o fracasso neste segmento.


Uber: A Virada Histórica e a Força da Diversificação

A grande notícia de 2023 veio da Uber, que, após anos de prejuízos bilionários, anunciou seu primeiro lucro líquido anual desde sua fundação.


· Resultados Financeiros:

  · Lucro Líquido: US$ 1,9 bilhão em 2023, um marco histórico para a empresa.

  · Receita: US$ 37,3 bilhões, um aumento de 17% em relação a 2022.

  · Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA) Ajustado: US$ 4,1 bilhões, superando as expectativas do mercado.

· Fonte: Relatório Financeiro Anual da Uber Technologies Inc. (2023)


Análise: A virada da Uber não é um acidente. Dois fatores foram decisivos:

1. Diversificação: A Uber não é mais apenas um aplicativo de carros. Sua divisão de entregas (Uber Eats) se tornou um pilar fundamental de receita e lucratividade. Além disso, investimentos em fretes (Uber Freight) e mobilidade urbana (patinetes, bicicletas) criam uma rede mais resiliente.

2. Eficiência Operacional: A empresa cortou custos excessivos, otimizou sua estrutura e implementou algoritmos de precificação mais eficientes, aumentando sua margem por corrida.


99 (DiDi): A Batalha pela Recuperação em Mercados Estratégicos

A 99, integralmente controlada pela chinesa DiDi Global, não divulga resultados financeiros detalhados separadamente para o Brasil. Seus números são consolidados nos relatórios da matriz. Diferente da Uber, a DiDi ainda não atingiu a lucratividade global de forma consistente, refletindo os desafios da 99 no cenário competitivo brasileiro.


· Resultados Financeiros (DiDi Global):

  · Prejuízo Líquido: A DiDi reportou um prejuízo líquido de US$ 817 milhões no primeiro semestre de 2023 (dados mais recentes consolidados). No terceiro trimestre, anunciou um pequeno lucro líquido de US$ 107 milhões, sinalizando uma possível recuperação.

  · Receita: A receita da DiDi cresceu 25% no terceiro trimestre de 2023, impulsionada pela retomada forte em mercados como a América Latina (onde o Brasil é o carro-chefe).

· Fonte: Relatórios Financeiros da DiDi Global Inc.


Análise: A 99 opera em um mercado de margens baixíssimas. Sua estratégia tem sido:


· Guerra de Descontos: Para competir com Uber e InDrive, a 99 frequentemente recorre a promoções agressivas para passageiros e incentivos para motoristas, o que corrói sua lucratividade.

· Foco no Core: Após um período de expansão, a DiDi tem focado em consolidar suas operações principais, o que inclui tornar a 99 mais eficiente no Brasil.


InDrive: O Crescimento Agressivo e a Aposta na Negociação

A InDrive se destaca por seu modelo de negociação de preços, onde passageiro e motorista fecham o valor da corrida. A empresa é uma das que mais cresce no mundo, especialmente em mercados emergentes. Sendo uma empresa privada, não possui a obrigação de divulgar resultados financeiros detalhados publicamente. No entanto, indicativos apontam para um cenário de expansão agressiva, muitas vezes às custas da rentabilidade imediata.


· Resultados Financeiros (Indicativos):

  · A InDrive reportou um crescimento de 54% na Receita de Serviços de Mobilidade no primeiro semestre de 2023, alcançando US$ 533 milhões.

  · A empresa não divulga lucro ou prejuízo líquido com frequência, mas é amplamente reconhecido no mercado que seu foco atual é ganhar participação de mercado (market share), mesmo que isso signifique operar com margens negativas no curto prazo.

· Fonte: Comunicado de Resultados da InDrive (1º Semestre de 2023)


Análise: A estratégia da InDrive é clara: crescer primeiro, lucrar depois. Seu modelo de negociação é um grande diferencial competitivo em regiões onde o preço é o fator decisivo. Para financiar essa expansão, a empresa provavelmente queima o caixa obtido em rodadas de investimento, um modelo semelhante ao que a Uber e a 99 adotaram em seus primórdios.


Fatores que Influenciam os Resultados no Segmento


Os resultados díspares dessas empresas são moldados por um conjunto comum de fatores:

1. Guerra de Preços e Incentivos: O principal fator. Descontos para passageiros e bônus para motoristas são armas poderosas para atrair usuários, mas são um veneno para o balanço financeiro. Equilibrar essa equação é o maior desafio.

2. Eficiência Tecnológica e Algoritmos: A empresa que possui o algoritmo mais eficiente para conectar motoristas e passageiros rapidamente, calcular rotas ideais e definir preços dinâmicos (surge) com melhor equilíbrio entre oferta e demanda tende a ter custos operacionais menores e maior satisfação do usuário.

3. Diversificação de Serviços: Como demonstrado pela Uber, não depender apenas do transporte de pessoas é crucial. Entregas de comida e mercadorias (Uber Eats, 99Food) criam fluxos de receita complementares e amortizam os custos fixos.

4. Regulamentação e Custos Tributários: O cenário legal varia enormemente entre países e cidades. Encargos trabalhistas (como a possível formalização de motoristas como empregados), impostos específicos e taxas aeroportuárias impactam diretamente a rentabilidade.

5. Custo de Aquisição e Fidelização de Usuários: Em um mercado saturado, conquistar um novo cliente ou motorista é cada vez mais caro. A fidelização, por meio de programas de vantagens e uma experiência superior, torna-se economicamente mais viável do que a aquisição constante.


O ano de 2023 consolidou a maturidade do setor. A Uber, com sua diversificação e escala global, mostrou que a lucratividade é possível. A 99, sob a égide da DiDi, ainda luta para transformar seu enorme market share no Brasil em resultados financeiros sólidos. Já a InDrive representa a nova geração de startups do setor, priorizando o crescimento explosivo e a disrupção do modelo de preços em detrimento do lucro imediato.

A corrida agora não é mais apenas sobre quem oferece mais corridas, mas sobre quem consegue fazê-lo de forma sustentável. A empresa que conseguir dominar o equilíbrio entre preço competitivo, custos operacionais enxutos e um ecossistema diversificado de serviços estará na pole position no futuro da mobilidade urbana.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Rota Fixa traz inovações ao setor de transporte por aplicativo e anuncia pré-lançamento

Foto de Divulgação: Motoristas por aplicativo 

Por Marcos Vinicius 

Mobilidade: O mercado de mobilidade urbana vai ganhar um novo aplicativo que promete revolucionar a forma como motoristas e passageiros se relacionam: o Rota Fixa. A plataforma chega com propostas inéditas e inovadoras, destacando-se como o primeiro app do setor a criar um Conselho Consultivo formado por motoristas e usuários. O objetivo é garantir espaço para diálogo, sugestões e participação ativa no desenvolvimento da empresa.


Serviços disponíveis no lançamento

Embora conte com diversas categorias em seu projeto, nesta fase inicial o aplicativo oferecerá transporte em moto e automóveis, com cinco modalidades de atendimento:

Moto-táxi – agilidade e preço baixo para deslocamentos rápidos;

Econômicos – viagens acessíveis para quem busca economia;

Conforto – mais comodidade e qualidade no transporte;

Elas – categoria exclusiva para mulheres, tanto motoristas quanto passageiras;

Encomendas – entregas seguras e rápidas.



Participação nos lucros e benefícios exclusivos

Entre os diferenciais mais marcantes do Rota Fixa está a política de valorização de sua comunidade. Motoristas terão direito a uma participação anual nos lucros da empresa, enquanto os usuários poderão receber comissões sobre os gastos de amigos que utilizarem a plataforma. Essa combinação busca tornar a experiência de mobilidade mais justa e colaborativa.


Compromisso social e ambiental

O Rota Fixa também assume o compromisso de destinar parte do lucro para programas sociais e ambientais, fortalecendo sua missão de ir além do transporte, contribuindo diretamente para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atua.


Testes e pré-lançamento

Durante os testes iniciais, o aplicativo atendeu a todas as expectativas, consolidando-se como uma alternativa sólida no mercado. Agora, entra na segunda fase de testes e no período de pré-lançamento, com previsão oficial de estreia entre os dias 10 e 15 de outubro. Inicialmente Rota Fixa atenderá as cidades Duque de Caxias, Belford Roxo e São João de Meriti e, logo em seguida, em Itaboraí, São Gonçalo e Magé. Além de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.


Como saber mais

Interessados em conhecer melhor o Rota Fixa podem entrar em contato pelos seguintes canais:

📱 WhatsApp: (21) 96612-3562

🌐 Site oficial: rotafixa.com.br

📲 Redes sociais: @rotafixaapp


Com inovação, participação e responsabilidade social, o Rota Fixa chega para oferecer muito mais que transporte: uma experiência única de mobilidade e cidadania.


domingo, 28 de setembro de 2025

Escândalo em voo oficial: relembrando o caso do militar da FAB preso com cocaína na Espanha

 

Foto de Arquivo: 39 Kg de cocaína em avião presidencial constrange governo bolsonaro 

Por Evandro Brasil 

Sevilha, 25 de junho de 2019 — Manoel Silva Rodrigues, segundo-sargento da Aeronáutica, foi preso no aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha, com 39 quilos de cocaína em sua bagagem de mão, divididos em 37 pacotes. 

Ele fazia parte da equipe de apoio (escalão avançado / “avião de reserva”) da comitiva presidencial de Jair Bolsonaro, que se dirigia ao Japão para a reunião do G20. 

O avião principal da presidência não transportava Bolsonaro nesse trecho, e após o caso, houve mudança de escala: em vez de Sevilha, o retorno da viagem presidencial fez escala em Lisboa. 


Procedimentos e investigações

O militar foi submetido a um Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pela Aeronáutica para apurar se todos os protocolos de segurança foram seguidos, especialmente no embarque da mala na base aérea de Brasília. 

Também se formou um grupo de trabalho para reforçar os controles de segurança nos voos da FAB. 

Manoel Silva Rodrigues permaneceu preso provisoriamente na Espanha, cumpre regime conforme decisão da justiça espanhola. 


Atualização: sentença e consequências

Em fevereiro de 2020, o militar aceitou um acordo com a Promotoria da Espanha, que resultou em pena de seis anos de prisão. 

Ele também foi condenado a pagar multa de 2 milhões de euros nas instâncias espanholas. 

No Brasil, o caso continua a ter repercussões institucionais, sobretudo para as Forças Armadas, em termos de credibilidade e necessidade de revisão de protocolos de segurança. 


Impacto e reações institucionais

O governo Bolsonaro classificou o episódio como “inaceitável” e determinou “punição severa”. 

O Ministério da Defesa e a Aeronáutica comprometeram-se a colaborar com as investigações na Espanha, assim como instaurar processos disciplinares no Brasil. 


Opinião de especialistas

Especialistas em segurança pública, direito militar e políticas de controle de tráfico apontam os seguintes aspectos:

1. Falhas institucionais de controle — Há consenso de que este caso evidencia lacunas nos procedimentos de vistoria e segurança nos voos oficiais reservados, mesmo em escalões de apoio. A lógica militar de confiança interna pode criar espaços vulneráveis.

2. A necessidade de transparência — Especialistas defendem que as Forças Armadas reforcem a transparência dos inquéritos internos, publiquem relatórios de como o incidente ocorreu, quais controles falharam, quem foi responsabilizado. Isso ajuda a reafirmar a autoridade institucional.

3. Prestígio institucional afetado — O episódio repercute fortemente na opinião pública, afetando a confiança não apenas no militar envolvido, mas nas Forças Armadas como um todo. Isso ocorre especialmente porque instituições militares costumam ser tidas por “morais” ou “ícones de integridade” por parte da população.

4. Proposta de aperfeiçoamento de protocolos — Entre as recomendações técnicas: revisões regulares de controle de bagagem para tripulantes, uso de scanners em todos os aeroportos e trechos, fiscalização cruzada entre órgãos (FAB, Ministério da Defesa, GSI quando aplicável), auditorias externas, além de sanções visíveis em casos de infração.

5. O papel do direito penal internacional — O caso ilustra como crimes cometidos no exterior, especialmente por agentes públicos, são objeto de jurisdição estrangeira (no caso, espanhola) e também de responsabilidade disciplinar interna, o que reforça a cooperação internacional como dimensão fundamental no combate ao tráfico.


Reflexão final

Mesmo após a sentença, muitos questionamentos permanecem: quantos outros incidentes semelhantes podem ter passado despercebidos? As sanções disciplinares no Brasil foram suficientes? E o mais importante, medidas preventivas robustas foram implementadas para que algo parecido não volte a acontecer?

Este caso também serve de alerta para a necessidade contínua de vigilância institucional: quando agentes do Estado — especialmente militares, e mais ainda em missões oficiais — envolvem-se em crimes graves, a resposta tem de ser rigorosa, transparente e exemplar.


sábado, 27 de setembro de 2025

Transporte alternativo ganha força no RJ: Rota Fixa promete revolucionar o setor de aplicativos

Foto de Arquivo: Transporte de passageiros por aplicativo no Rio de Janeiro tem mercado aquecido e apresenta novidades

Por Marcelo Procópio 

O transporte alternativo se consolidou como uma opção cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros, especialmente nas grandes cidades. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, motoristas e passageiros destacam tanto os benefícios quanto os desafios desse serviço, que vem se tornando peça fundamental na mobilidade urbana.

Para os passageiros, a principal vantagem é a praticidade. “Hoje, consigo escolher entre diferentes categorias e pagar um preço mais acessível em horários de pico”, afirma Renata Souza, moradora de Duque de Caxias. Outro ponto elogiado é a flexibilidade: usuários podem optar por corridas rápidas, transporte familiar ou até mesmo por motoristas mulheres para maior sensação de segurança.

Do lado dos motoristas, a independência é apontada como um dos principais atrativos. “Trabalhar com aplicativo me permite organizar melhor meu tempo. Mas a insegurança nas ruas e as taxas elevadas cobradas pelas plataformas ainda são problemas sérios”, diz Carlos Andrade, motorista há três anos.

Especialistas em mobilidade urbana também analisam o fenômeno. O professor Marcos Lima, da Universidade Federal Fluminense (UFF), explica que o transporte alternativo democratizou o acesso ao deslocamento em áreas antes negligenciadas pelo transporte público. No entanto, ele alerta para os riscos: “A falta de regulamentação específica pode gerar conflitos e insegurança tanto para motoristas quanto para usuários”.

Nesse cenário, surge o Rota Fixa, novo aplicativo de transporte por aplicativo com lançamento previsto entre 15 e 20 de outubro, nas cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro. A plataforma promete ser o futuro do setor no Brasil, oferecendo maior segurança, taxas justas para motoristas e atendimento personalizado aos passageiros. A expectativa é que o Rota Fixa traga inovação tecnológica e novas possibilidades de escolha para o público.

Com o crescimento do setor, a disputa por espaço entre empresas deve se intensificar. Para passageiros e motoristas, o desafio é equilibrar preços acessíveis, remuneração justa e segurança em cada viagem.


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“Os Donos do Jogo” expõe bastidores do poder paralelo e reacende debate sobre a realidade do crime no Rio

  Foto de divulgação  Por Cleide Gama  Ficção:  A nova minissérie brasileira da Netflix, Os Donos do Jogo, vem provocando grande repercussão...