sábado, 28 de junho de 2025

Curso de Extensão em Meio Ambiente: Uma Jornada pela Sustentabilidade e pela Cidadania

 

Foto de Arquivo: Manguezal o grande bioma de reprodução de espécies, responsável, também, pelo equilíbrio ambiental e manutenção das nossas praias.

Por Marcelo Procópio 

Cursos: O Instituto Evandro Brasil estará lançando em breve o seu mais novo Curso de Extensão em Meio Ambiente, Sustentabilidade e Cidadania, uma oportunidade única para quem busca conhecimento, desenvolvimento pessoal, profissional e social.

O curso, com 120 horas de duração e 100% online, é uma verdadeira imersão nas principais questões ambientais do Brasil e do mundo. Seu objetivo é capacitar cidadãos, estudantes e profissionais a compreenderem os desafios ambientais atuais, a desenvolverem práticas sustentáveis e a serem agentes de transformação em suas comunidades e locais de trabalho.

Mais do que um curso, é uma formação para a vida! Durante os módulos, os participantes aprenderão sobre fundamentos do meio ambiente, gestão ambiental, tecnologias sustentáveis, legislação, educação ambiental, além de temas atuais como os painéis do clima da ONU, o impacto dos carros elétricos, o papel da Petrobrás na preservação ambiental e os desafios da agricultura sustentável.

Em um mundo cada vez mais afetado pelas mudanças climáticas, pela degradação dos recursos naturais e pelos conflitos ambientais, esse curso surge como uma ferramenta essencial para quem deseja fazer parte da mudança. Ele fortalece a consciência socioambiental, impulsiona o crescimento profissional e contribui diretamente para a construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e sustentável.

Quer saber mais? Acompanhe o Instituto Evandro Brasil nas redes sociais: 👉 Instagram, Facebook e YouTube. Lá você encontra conteúdos, novidades, informações sobre este e outros cursos e materiais exclusivos!

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domingo, 22 de junho de 2025

Fake News Nuclear: A Mentira que Coloca o Brasil na Mira da Geopolítica Internacional!

Foto de Arquivo: Navio iraniano em visita ao Brasil em 2023

Por Cleide Gama 

Nuclear: Nos últimos dias, as redes sociais foram invadidas por uma narrativa absurda e perigosa: a acusação de que o Brasil teria enviado urânio ao Irã para a fabricação de armas nucleares. A informação é completamente falsa e foi desmontada por uma apuração detalhada do jornal O Folhão, além de ser desmentida por especialistas em segurança internacional.

O conteúdo que circula nas redes tira de contexto uma fala do presidente Lula durante a Cúpula dos Brics, realizada em 2023. Na ocasião, Lula mencionou um acordo diplomático fechado em 2010, mediado pelo Brasil junto com a Turquia, com objetivo exclusivamente pacífico: garantir o envio de urânio LEVE, enriquecido a níveis baixos, para uso em pesquisas médicas no Irã. Esse acordo, inclusive, foi avalizado por organismos internacionais na época, mas acabou sendo barrado pelos Estados Unidos.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), o Brasil jamais forneceu urânio ao Irã com fins bélicos. O país é signatário de tratados internacionais de controle nuclear, como o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e o Tratado de Tlatelolco, e todas as nossas instalações nucleares são regularmente inspecionadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).

Além disso, outra mentira que circula é a de que o Brasil teria entregue urânio aos dois navios iranianos que atracaram no Porto do Rio de Janeiro em fevereiro de 2023. Segundo nota oficial da Marinha do Brasil, a visita foi diplomática e restrita a atividades sociais da tripulação, sem qualquer movimentação de materiais sensíveis ou bélicos.

Especialistas em geopolítica, como o professor de Relações Internacionais Rodrigo Alvarez, alertam: "Esse tipo de fake news pode gerar desgastes diplomáticos graves e colocar em xeque a credibilidade internacional do Brasil".

Outra preocupação levantada por analistas é o uso crescente de perfis falsos e avatares criados por inteligência artificial para disseminar esse tipo de conteúdo. O grupo de checagem Comprova identificou que os dois principais perfis que espalharam essa fake news possuem comportamento típico de operações coordenadas de desinformação. Um deles sequer tem foto real, usando uma imagem com mais de 99% de chance de ser gerada por IA.

Esses perfis promovem um discurso de ódio, com forte viés ideológico, exaltando pautas de extrema direita, elogiando Jair Bolsonaro, atacando o Supremo Tribunal Federal e o PT. Além disso, fazem um alinhamento cego com as políticas dos Estados Unidos e de Israel, usando hashtags como #EsquerdaNunca e #DeusAcimaDeTudo para atrair engajamento fácil.

O que está em jogo aqui não é apenas uma disputa de narrativas. Estamos falando da imagem do Brasil no cenário global e da manipulação consciente de milhões de pessoas. Especialistas alertam que a proliferação de fake news nesse nível é uma ameaça real à democracia e à segurança nacional.

Por isso eu reforçamos: "O Brasil de fato pode ser uma grande nação se todos nós usássemos apenas a verdade e a tolerância como estratégias de comunicação."

Combater a desinformação é um dever cívico!

Antes de compartilhar qualquer coisa, verifique as fontes!

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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Congresso Nacional Dá Primeiro Passo para Investigar Fraudes nas Aposentadorias do INSS

 

Foto de Arquivo: Aposentados do INSS 

Por Cleide Gama 

INSS: O senador Davi Alcolumbre (União-AP), atual presidente do Congresso Nacional, anunciou nesta terça-feira (17) a leitura oficial do requerimento que cria a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar as denúncias de fraudes nos descontos aplicados em aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão veio ao final de uma longa sessão do Congresso, marcada pela votação de vetos presidenciais e de outros projetos importantes.

O anúncio foi feito após intensa pressão de parlamentares da oposição, que cobraram a leitura imediata do requerimento. Apenas depois da votação que aprovou a criação do novo cargo de líder da Oposição no Congresso — um marco inédito que iguala as prerrogativas da oposição às da liderança do governo —, Alcolumbre realizou a leitura. "A presidência tem a responsabilidade de organizar a pauta com equilíbrio e respeito à ordem dos trabalhos. A leitura foi feita ao final da sessão conforme previsto", declarou o senador.

A nova CPMI contará com 30 membros titulares — sendo 15 deputados e 15 senadores — além de igual número de suplentes. O prazo inicial de funcionamento é de 180 dias, podendo ser prorrogado se necessário. A composição da comissão obedecerá ao critério da proporcionalidade partidária, e os líderes dos partidos e blocos políticos de ambas as casas terão a tarefa de indicar os integrantes.

Segundo especialistas, a criação da CPMI reflete o aumento das denúncias de irregularidades nos descontos previdenciários, que envolvem suspeitas de cobranças indevidas por entidades de classe e associações. O senador Davi Alcolumbre destacou que a comissão terá autonomia para convocar testemunhas, requisitar documentos sigilosos e promover diligências que ajudem a esclarecer os fatos.

Evandro Brasil, defensor das causas sociais, elogiou a iniciativa: "Investigar e punir responsáveis por fraudes que atingem os aposentados é um ato de justiça social. O Congresso precisa dar uma resposta firme à população, com transparência, rigor e sem politicagem".


sábado, 14 de junho de 2025

Governo Lula Cria Rede Nacional de Bancos de Alimentos para Combater a Fome e o Desperdício

Foto de Arquivo: Presidente Luis Inácio Lula da Silva

Por Cleide Gama

Segurança Alimentar: Nesta sexta-feira, 13 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a criação da Rede Brasileira de Bancos de Alimentos (RBBA), por meio do Decreto nº 12.512. A iniciativa, publicada no Diário Oficial da União, representa um novo marco nas políticas públicas de combate à fome, à insegurança alimentar e ao desperdício de alimentos no Brasil. A RBBA surge com a missão de articular esforços entre órgãos governamentais, instituições privadas e organizações da sociedade civil para fortalecer os bancos de alimentos existentes e incentivar a criação de novas unidades em diferentes regiões do país.

Além de promover a redução das perdas e do desperdício de alimentos, a nova rede busca garantir o direito humano à alimentação adequada e saudável, respeitando as diversidades culturais alimentares de cada região brasileira. Outro ponto importante é a preocupação ambiental: ao evitar que toneladas de alimentos em boas condições sejam descartadas, a RBBA contribuirá também para a diminuição dos impactos ambientais causados pelos resíduos orgânicos.

Segundo o texto do decreto, os bancos de alimentos funcionarão como estruturas públicas ou privadas, sempre com caráter social e sem fins lucrativos. Eles continuarão realizando, de forma gratuita, a captação, a triagem, o armazenamento e a distribuição de alimentos doados por diversos setores, sejam eles públicos ou privados. Além disso, a RBBA pretende ampliar o alcance e a eficiência dessas iniciativas, incorporando ferramentas tecnológicas para o monitoramento das doações, coleta de dados e acompanhamento de resultados em uma plataforma digital oficial.

Evandro Brasil, conselheiro municipal de segurança alimentar em Duque de Caxias e profundo conhecedor da temática, elogiou a iniciativa, mas também fez um alerta: “Essa medida é um avanço, sem dúvida. Mas para que a Rede funcione de forma efetiva, será fundamental garantir investimentos contínuos, treinamento das equipes, apoio logístico aos bancos locais e, principalmente, a participação ativa dos municípios. Não podemos criar apenas uma estrutura de papel. É preciso garantir que o alimento chegue de fato à mesa das famílias que mais precisam”.

Outro destaque da RBBA é o foco na educação alimentar, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de combater o desperdício e adotar hábitos alimentares mais saudáveis. A Rede também será orientada por princípios como a valorização da cultura alimentar brasileira, a promoção da economia circular e a integração com outras políticas públicas de segurança alimentar e assistência social.

A responsabilidade pela gestão e monitoramento da RBBA ficará a cargo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, com apoio de um Comitê Gestor. A nova plataforma digitalizada prevista pelo governo facilitará o acompanhamento em tempo real das atividades de coleta, armazenamento e distribuição, garantindo mais transparência ao processo.

Para Evandro Brasil, a sociedade civil tem um papel decisivo na construção dessa nova etapa da segurança alimentar no Brasil: “É hora de unirmos forças, governo, sociedade e iniciativa privada. O combate à fome não pode esperar”.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Ex-ministro Gilson Machado é detido em operação da PF por tentativa de interferência em investigações

Foto de Arquivo: Gilson Machado ao lado de Jair Messias Bolsonaro

Por Marcos Vinícius

Golpe de Estado: O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, foi detido na manhã desta sexta-feira (13) em Recife, capital pernambucana, como parte de uma ação da Polícia Federal. A prisão ocorre em meio a um contexto de intensificação das apurações sobre atos que tentam interferir nos desdobramentos jurídicos relacionados ao governo anterior. Segundo apurações recentes, Machado teria solicitado ao consulado de Portugal a emissão de um passaporte para o tenente-coronel Mauro Cid, com o objetivo de facilitar sua saída do Brasil. A solicitação, feita em 12 de maio, é interpretada pelos investigadores como uma possível manobra para dificultar o curso das investigações em andamento contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além disso, Gilson Machado utilizou suas redes sociais para divulgar uma campanha de arrecadação financeira destinada a Bolsonaro, atitude que levantou suspeitas sobre a tentativa de mobilização de recursos para fins ainda não esclarecidos. Diante das evidências, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a instauração de um inquérito formal, bem como a autorização para buscas e apreensões em endereços ligados ao ex-ministro. O objetivo das diligências é encontrar materiais como documentos, mídias digitais, anotações e aparelhos eletrônicos que possam aprofundar a compreensão da possível tentativa de obstrução da Justiça.

Embora o pedido de passaporte não tenha sido atendido, a Procuradoria vê indícios de que Machado possa procurar outras representações diplomáticas para alcançar seu intento. As ações em curso apontam para uma estratégia coordenada de obstrução, o que levou à intensificação da resposta institucional. O caso reforça o cerco a figuras do alto escalão do governo passado suspeitas de envolvimento com atos considerados atentatórios à democracia.


terça-feira, 10 de junho de 2025

Bolsonaro no STF: Entre Desabafos, Minutas e a Linha Tênue da Constituição

 

Foto de Arquivo: Jair Messias Bolsonaro no banco dos réus

por Marcos Vinícius

Julgamento: Durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), realizado na terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu que participou de discussões sobre possíveis medidas para contestar o resultado das eleições de 2022. Segundo ele, tudo foi debatido "dentro dos limites da Constituição", e por isso não haveria configuração de um plano de golpe de Estado.

Bolsonaro confirmou que ocorreram reuniões com integrantes das Forças Armadas e aliados políticos para discutir a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), diante do avanço de protestos de caminhoneiros e da mobilização em frente a quartéis militares. “Tratamos de GLO porque os caminhoneiros estavam na iminência de parar, sobre o que poderia acontecer com aquela multidão em frente aos quartéis”, declarou. Contudo, o ex-presidente afirmou que, ao constatar que não havia respaldo legal, a proposta foi abandonada.

Em uma fala que chamou atenção, Bolsonaro afirmou que alguns aliados chegaram a sugerir a decretação de estado de sítio, mas que essa hipótese “nasceu morta”. Ele não mencionou quem levantou a proposta, mas garantiu que nenhuma providência foi tomada nesse sentido. Em outra revelação, confirmou a existência de uma minuta de decreto discutida com militares no Palácio da Alvorada, no dia 7 de dezembro de 2022. Disse, no entanto, que se tratava de um rascunho feito “de forma rápida”, e que a ideia “não prosperou”.

Para o jurista Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP, o relato de Bolsonaro "é típico de quem busca dar um verniz legal a uma tentativa de ruptura institucional". Já a cientista política Camila Rocha pondera: "Bolsonaro tenta dissociar suas ações do núcleo mais radical, mas ao admitir que discutiu GLO e estado de sítio, revela que flertou sim com medidas autoritárias."

Nas redes sociais, a reação popular foi variada. "Discutir GLO com generais no Alvorada não parece algo muito democrático", escreveu um internauta. Outro comentou: "Ele diz que era tudo dentro da lei, mas planejar o quê, exatamente, se Lula já estava eleito?". Já apoiadores argumentam que “questionar eleições é legítimo” e veem o depoimento como prova de que não houve golpe, mas apenas "preocupações legítimas".

Questionado sobre suas declarações a respeito das urnas eletrônicas, Bolsonaro reafirmou sua defesa do voto impresso. Recusou-se a admitir que tenha feito “ataques” ao sistema eleitoral, dizendo preferir o termo “críticas”. Ele apresentou trechos de falas de ministros do STF e parlamentares de esquerda que também já questionaram as urnas, para tentar relativizar sua própria postura.

No início do depoimento, Bolsonaro pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por tê-lo acusado — sem provas — de envolvimento em fraudes eleitorais. “Era um desabafo, uma reunião que não deveria ser gravada. Me desculpe, não tinha essa intenção”, disse, ao ser confrontado por Moraes. Ainda em tom informal, chegou a convidar o ministro para ser seu vice em uma eventual chapa nas próximas eleições, arrancando sorrisos contidos dos presentes.

Bolsonaro também negou ter conhecimento ou envolvimento com o chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de figuras como Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. “Se eu soubesse disso, teria tomado providências imediatas”, assegurou. Rejeitou ainda qualquer participação na edição da minuta de golpe que circulou entre seus aliados.

O ex-presidente foi o sexto réu a depor na ação penal que apura tentativa de golpe de Estado. O interrogatório durou cerca de duas horas e meia e, apesar da gravidade dos temas, manteve um tom respeitoso. Moraes fez questão de lembrar que Bolsonaro tinha o direito de não responder, mas o ex-presidente preferiu se manifestar sobre todos os pontos, inclusive respondendo a perguntas do ministro Luiz Fux, do procurador-geral Paulo Gonet e de advogados dos demais réus.

Em meio a justificativas e recuos, o interrogatório serviu como palco para Bolsonaro reafirmar sua narrativa de que sempre agiu dentro da legalidade — embora tenha flertado, por diversas vezes, com os limites do Estado Democrático de Direito. Para a opinião pública e especialistas, no entanto, a fronteira entre planejamento e tentativa concreta de ruptura segue no centro do debate.


sexta-feira, 30 de maio de 2025

Funk na Berlinda: Cultura ou Crime? Debate sobre a prisão de MC Poze ganha as ruas e as salas de aula

Foto de Arquivo: MC Poze foi preso na manhã da quinta-feira , 29 de maio em sua residência no Recreio dos Bandeirantes

por Cleide Gama

Polícia: A prisão do funkeiro MC Poze do Rodo, na manhã desta quinta-feira (29), virou combustível para reacender um debate antigo e polêmico: o funk é cultura ou crime? Enquanto a Justiça acusa o cantor de apologia ao crime e envolvimento com facções, a sociedade questiona — até onde vai o preconceito contra a cultura da periferia?

Descalço, sem camisa e escoltado pela polícia, Poze foi retirado de sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, e levado para a Cidade da Polícia, no Jacaré, onde prestou depoimento antes de ser encaminhado à Cadeia Pública de Benfica.

O episódio causou indignação e reflexões em diversos setores. Professores, ativistas e moradores enxergam nessa prisão uma clara demonstração de como o Estado continua criminalizando manifestações culturais das favelas, enquanto artistas de outras áreas são tratados com respeito e até glamour, mesmo abordando temas igualmente polêmicos.

“O que vemos aqui é a criminalização de uma expressão cultural que traduz a realidade das periferias”, afirma o professor de sociologia Rafael Almeida. “Se fosse um artista renomado do teatro, do cinema ou da literatura, com obras que abordam violência ou drogas, dificilmente veríamos uma operação como essa.”

Moradores de comunidades, em entrevistas espontâneas, também reagiram:
“O problema não é o Poze. O problema é a falta de oportunidades, de escolas decentes, de políticas públicas de verdade. Vão prender cantor enquanto o tráfico continua? Isso é cortina de fumaça”, desabafa Dona Marlene, 62 anos, moradora do Complexo do Alemão.

O próprio Professor Evandro Brasil entrou no debate:

“A cultura da favela pulsa vida, resistência e voz. Criminalizar o funk é calar quem nunca foi ouvido. O que esperamos é que, a partir desse episódio, surja um movimento forte pela valorização da cultura popular. E que, inclusive, isso traga vitalidade e novas energias ao Poze que tem o direito de cumprir qualquer sansão em liberdade vigiada. Essa é uma poderosa voz das periferias que se o Estado o criminalizar estará criminalizando outros jovens que o acompanham. Poze pode ser o que a pedagogia precisa para trazer o jovem periférico para a linha de frente das pessoas de bem”

A esperança é que essa reflexão se transforme em ação. Que os olhares se voltem não só para o funk, mas para todas as expressões culturais populares, que resistem, mesmo sendo frequentemente marginalizadas.

Enquanto o debate continua, uma pergunta ecoa pelas ruas, pelas universidades e pelos becos das comunidades: quem tem o poder de definir o que é arte e o que é crime?


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Museu Vivo do São Bento Renasce: Educação, Cultura e Turismo de Mãos Dadas em Duque de Caxias!

 

Foto de arquivo: Construção secular pertencente ao Museu Vivo

por Cleide Gama

Cultura: Durante uma visita técnica cheia de significado, o secretário de Cultura e Turismo, Aroldo Brito, acompanhado por sua equipe e representantes da UERJ, percorreu cada canto do Museu Vivo do São Bento, que agora passa oficialmente a ser administrado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Essa decisão, respaldada por projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores, reacende a esperança de que o espaço volte a pulsar vida, história e memória para toda a população.

O Museu Vivo do São Bento, reconhecido como o primeiro Ecomuseu de Percurso da Baixada Fluminense, é muito mais que um espaço físico — ele carrega a alma e a cultura do povo de Duque de Caxias.

Professores da região veem a iniciativa como uma oportunidade única para resgatar o orgulho local e transformar o museu em uma poderosa ferramenta educativa. “É um espaço que permite que nossos alunos vivenciem a história de forma real, saindo dos livros para a prática, para o sentir”, afirmou a professora Marta Silva, da rede municipal.

Moradores do bairro São Bento também comemoraram. “A gente sente que, agora, o museu vai voltar a ter vida, ter movimento, trazer gente de fora e gerar oportunidade pra quem vive aqui”, disse seu Jorge dos Santos, morador há mais de 30 anos da comunidade.

O professor e ativista social Evandro Brasil destacou que a união entre poder público, universidades e a comunidade é um passo fundamental para garantir que o museu não apenas sobreviva, mas floresça. “Esse é um patrimônio não só de São Bento, mas de toda Duque de Caxias. Que essa ação traga vitalidade, resgate nossa memória e fortaleça nossa identidade cultural. É uma chance de ouro para transformarmos cultura em desenvolvimento social e econômico”, concluiu.

A expectativa agora gira em torno das reformas estruturais, que já começaram a ser avaliadas pela equipe de engenharia da Prefeitura, e dos projetos educativos e culturais que deverão ocupar o espaço, transformando-o em um centro vivo de saberes, história e turismo.

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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Bolsonarismo, a Face Tupiniquim do Fascismo: Traição, Ódio e Hipocrisia Disfarçados de Patriotismo

Foto de Arquivo: Movimento fascista se espalha pelo país

 por Marcelo Procópio

Fascismo: Vivemos um momento histórico de enorme relevância para os rumos da humanidade. O Brasil, neste exato instante, ocupa uma posição estratégica no tabuleiro global, sendo palco de uma disputa que transcende suas fronteiras e impacta diretamente os destinos do planeta. A maneira como enfrentarmos os desafios atuais determinará, sem dúvida, não apenas o nosso futuro como nação, mas também influenciará os rumos de sociedades em todo o mundo.

Infelizmente, o cenário atual é marcado pela ascensão vertiginosa de movimentos ultraconservadores e neofascistas em escala global. Ao analisarmos as contradições do capitalismo contemporâneo, torna-se evidente que, em seus períodos de crise profunda, esse sistema recorre a formas brutais de repressão, como o fascismo, para garantir sua sobrevivência e esmagar qualquer possibilidade de transformação social.

No Brasil, essa ideologia autoritária assume características ainda mais sombrias. Forjada num passado escravocrata, profundamente racista e excludente, a versão brasileira do fascismo é mais próxima do nazismo alemão do que do fascismo italiano. Sua face mais visível e organizada atende pelo nome de bolsonarismo, que representa, hoje, a principal engrenagem reacionária utilizada pelas elites econômicas e financeiras para manter seus privilégios, explorando o povo e destruindo qualquer avanço civilizatório.

Assim como no início do nazismo, o bolsonarismo é movido por um ódio irracional, visceral e violento. Alimenta-se do preconceito, da desumanização de minorias, do desprezo pelos pobres e da negação dos direitos sociais. No Brasil, os efeitos históricos do colonialismo fizeram com que o preconceito de classe e o racismo se misturassem, tornando palavras como "pobre" e "negro" praticamente sinônimos no imaginário bolsonarista.

O bolsonarismo, assim como o nazismo, não se sustenta na verdade. Vive de mentiras sistematicamente construídas, do uso perverso da desinformação, das fake news, da inversão de valores e da manipulação emocional de milhões de pessoas. Seus líderes operam uma narrativa hipócrita, onde dizem defender Deus, a família e a pátria, mas trabalham incessantemente para entregar nossas riquezas, destruir nossas instituições e submeter o Brasil à condição de colônia dos interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos.

O grau de servilismo chega a ser escandaloso. Não é exagero dizer que há figuras centrais do bolsonarismo que chegaram a se mudar para os EUA, prestando serviços diretamente a figuras como Donald Trump, articulando ações que afrontam nossa soberania e que atentam contra os interesses do povo brasileiro.

Apesar de se fantasiarem de patriotas — enrolando-se na bandeira nacional, vestindo verde e amarelo, cantando o hino a plenos pulmões —, na prática são os maiores traidores da pátria já vistos na história recente. São capachos do imperialismo, vendidos, entreguistas e inimigos declarados de qualquer projeto de nação soberana, justa e desenvolvida.

Porém, o bolsonarismo não teria a força que tem se não contasse com o apoio de um poderoso aparato formado por empresários da fé. Líderes de igrejas-empresas, que se dizem representantes de Deus, mas que, na prática, exploram seus fiéis, enriquecem com a miséria alheia e usam a religião como escudo para propagar o ódio, a intolerância e a desigualdade.

Esses mercadores da fé, ao contrário do que Jesus pregou, constroem templos para pregar o egoísmo, a opressão e a submissão dos mais fracos. Seus púlpitos tornaram-se palanques políticos do autoritarismo, da mentira e do fascismo. A teologia da prosperidade que promovem é, na verdade, a teologia do individualismo, da ganância e do desprezo pelos mais pobres.

Se Jesus pregava a partilha, o amor ao próximo, a justiça e o cuidado com os mais necessitados, essas igrejas bolsonaristas representam o oposto: a adoração ao dinheiro, ao poder e à opressão. A incoerência é tão gritante que, do ponto de vista espiritual, é impossível alguém ser, ao mesmo tempo, cristão verdadeiro e bolsonarista. Assim como não se pode servir a Deus e ao diabo, não se pode seguir os ensinamentos de Jesus enquanto se abraça uma ideologia que promove o ódio, o preconceito e a morte.

Infelizmente, parte significativa da base social do bolsonarismo se encontra dentro de templos que, sob o disfarce do cristianismo, promovem práticas que, na verdade, são antiéticas, anticristãs e desumanas. Isso se dá tanto em segmentos que se autodeclaram evangélicos quanto em setores conservadores da Igreja Católica.

É preciso deixar claro: defender o bolsonarismo em nome de Deus é, no mínimo, uma blasfêmia. É uma tentativa grotesca de camuflar práticas fascistas, racistas e ultracapitalistas com uma falsa roupagem religiosa. E, sob qualquer ótica — política, moral, espiritual ou social —, isso é inaceitável.

Não podemos mais tolerar que conceitos sagrados como Deus, pátria e família sejam sequestrados por agentes do ódio, da mentira e da opressão. O bolsonarismo é, sim, a expressão contemporânea do fascismo no Brasil, e, como tal, precisa ser combatido com toda a força da sociedade que ainda preza pela justiça, pela liberdade, pela dignidade humana e pela verdadeira espiritualidade.

O poder das palavras pode tanto libertar quanto aprisionar. É preciso romper, de uma vez por todas, com as mentiras que anestesiam consciências e que sustentam esse projeto de destruição. Denunciar a hipocrisia bolsonarista é um dever de quem acredita num Brasil soberano, solidário, justo e livre.

Golpe Bilionário no INSS: Governo Vai Devolver até R$ 2 Bilhões a Aposentados Lesados por Descontos Irregulares

Foto de Arquivo: Hadaad lembra que as fraudes iniciaram no governo de Jair Bolsonaro

 por Marcos Vinícius

Previdência: O governo federal estima que deverá devolver entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões aos aposentados e pensionistas do INSS que foram vítimas de descontos indevidos na folha de pagamento. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao jornal O Globo. A fraude, que começou a ser investigada após uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), envolve um esquema criminoso de cobranças associativas sem autorização dos beneficiários, aplicadas por sindicatos, associações e empresários.

De acordo com o governo, os prejuízos causados aos segurados entre março de 2020 e março de 2025 somam cerca de R$ 5,9 bilhões. O valor a ser devolvido corresponde aproximadamente a um terço desse total, levando em consideração que parte dos descontos pode ter ocorrido com o consentimento dos beneficiários, embora isso ainda esteja sob análise.

O golpe veio à tona após denúncias e auditorias que revelaram cobranças camufladas em pequenas parcelas mensais, que muitas vezes passavam despercebidas pelos aposentados. As mensalidades, supostamente vinculadas a benefícios como suporte jurídico e assistência médica, eram, na prática, cobranças fraudulentas sem qualquer consentimento formal.

Diante da gravidade, o governo agiu rapidamente e notificou mais de 9 milhões de beneficiários por meio do aplicativo Meu INSS e da central 135. A adesão surpreendeu: em apenas dez dias, mais de 2 milhões de pessoas consultaram seus extratos e solicitaram a devolução dos valores. Um número expressivo — 97,8% — afirmou não ter autorizado os descontos.

O governo já está exigindo que as entidades envolvidas apresentem, em até 15 dias úteis, documentos que comprovem a autorização dos segurados. Caso não consigam comprovar, terão mais 15 dias para realizar a devolução dos valores. Além disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de 12 organizações suspeitas, medida que visa garantir o ressarcimento.

De forma imediata, o governo anunciou que R$ 292 milhões, correspondentes aos descontos feitos na folha de abril — mesmo após a suspensão das cobranças —, já estão retidos e começarão a ser devolvidos automaticamente entre os dias 26 de maio e 6 de junho, sem que os beneficiários precisem solicitar.

O ministro Haddad reforçou que, além da devolução dos valores, os responsáveis deverão responder judicialmente e podem ter bens pessoais confiscados. O governo avalia, ainda, se será necessário recorrer a créditos extraordinários ou usar recursos do orçamento para garantir que nenhum segurado seja prejudicado.

Curso de Extensão em Meio Ambiente: Uma Jornada pela Sustentabilidade e pela Cidadania

  Foto de Arquivo: Manguezal o grande bioma de reprodução de espécies, responsável, também, pelo equilíbrio ambiental e manutenção das nossa...