quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Estudos e pesquisas sobre os Transgenicos


Resumo

            A Trangenia é uma avançada técnica que permite a manipulação de material genético e hereditário de qualquer ser vivo. Os seres vivos manipulados geneticamente através do processo de transgenia, sejam eles, animais ou vegetais são conhecidos como transgênicos. Tais métodos da biotecnologia tem sido objeto de manifestos favoráveis e contrários. Mas, destacamos que a Transgenia pode salvar vidas; curar doenças; melhorar a estrutura genética de animais; produzir alimentos vegetais e minerais com melhor valor nutritivo; etc. Mas, em se tratando de alimentos de origem vegetal modificados, devemos alertar para o possível desenvolvimento de espécies resistentes ou ervas daninhas. Em alguns estudos que abordam a segurança alimentar dos alimentos transgênicos, a análise é feita principalmente pela exposição de riscos e incertezas desses produtos, quanto a saúde e meio ambiente. Inexistem estudos eficazes sobre tais efeitos. Os alimentos transgênicos devem apresentar em seus rótulos o símbolo com a indicação de que o alimento é alterado geneticamente ou utiliza outros alimentos geneticamente manipulados em sua composição, esse símbolo é a letra T ao centro de um triangulo eqüilátero[1] de cor amarela.


Introdução

Nas últimas décadas, o uso da biotecnologia tem permitido que se manipule o material hereditário de qualquer ser vivo. O seqüenciamento dos genes e o cultivo das células-tronco embrionárias constituem-se nas inovações tecnológicas mais importantes para a transgenia – técnica de transferência de DNA de uma espécie para outra. Esta técnica implica na alteração do genoma de um ser vivo pela intervenção da mão humana, e tornou-se possível porque a maquinaria celular, responsável pela transcrição e tradução do DNA em proteínas, funciona de maneira muito semelhante em todos os organismos. É a universalidade do código genético que permite que uma proteína codificada por uma seqüência exclusive do DNA humano possa ser produzida num vegetal ou animal transgênico.

A adição de um gene humano a um embrião animal pode resultar num modelo transgênico com características específicas de uma doença humana, que se constitui, portanto, num modelo experimental valioso para o teste de vacinas e agentes farmacológicos. No sentido inverso, a desativação de um gene nas células embrionárias pode levar ao nascimento de um camundongo nocaute[2], por exemplo, que serve de modelo para se entender como as mutações produzem as malformações e os defeitos congênitos. É assim que, dentre múltiplas aplicações, a transgenia animal tem contribuído para a pesquisa de diversas doenças, incluindo aquelas de origem complexa e difícil cura, como câncer, diabetes, hipertensão, Alzheimer, Huntington, deficiências imunológicas e distrofias musculares, entre outras.

Um animal transgênico é produzido pela inserção de um fragmento de DNA que resulte numa modificação genética transmissível a seus descendentes. Para fazê-lo, basta que se tenha em mãos algumas cópias do DNA de interesse e os meios de introduzi-las no genoma de um embrião, como uma parte de um vírus ou bactéria, um cromossomo artificial, uma célula-tronco ou até mesmo um espermatozóide contendo este fragmento de DNA de interesse para a transgênese.

A produção de animais transgênicos foi impulsionada pela técnica de microinjeção de DNA no pró-núcleo de óvulos recém fertilizados. Em 1980, Gordon e colaboradores a implementaram para camundongos. Em 2001, nós a utilizamos pela primeira vez no Brasil para produzir um camundongo transgênico com níveis aumentados do receptor B2 de bradicinina no coração. Mas, como é aplicável a qualquer espécie, o uso da microinjeção pró-nuclear já possibilitou a geração de milhares de linhagens de transgênicos, incluindo ratos, aves, peixes, ovelhas, gado e macacos.

Alguns animais transgênicos são utilizados como biorreatores. Inicialmente,
foram gerados clones de ovelhas transgênicas que produzem leite contendo o
fator IX de coagulação do sangue humano. Purificado do leite, portanto sem o risco de contaminação viral, este fator IX pode ser adquirido comercialmente para o tratamento de hemofílicos. Nos últimos anos, caprinos, bovinos e coelhos transgênicos também vêm sendo testados como possíveis produtores de diversas proteínas de interesse farmacológico, principalmente anticorpos e hormônios.

Nas pesquisas recentes, vem aumentando também o uso de camundongos e ratos contendo o gene GFP (Green Fluorescent Protein) originário da Aequorea victoria[3] marinha. Estes animais são usados principalmente como fonte de células marcadas para transplante, pois a luminescência das células GFP facilita sua localização entre as demais, mesmo que, eventualmente, este processo implique em uma marcação adicional com anticorpo fluorescente. Daí sua importância nos promissores estudos de terapia gênica e celular. Nesta perspectiva, as células-tronco retiradas de embriões ou da medula óssea de camundongos e ratos GFP podem ser acompanhadas após transplante para o sangue, cérebro, coração ou qualquer outro órgão, onde se deseje que elas se diferenciem e substituam as células danificadas, de modo a promover uma saudável regeneração do órgão afetado e possível cura da doença.

A otimização do uso de animais de laboratório na pesquisa é uma das conseqüências mais positivas da transgenia animal. Além de provocar uma redução do número de animais utilizados na experimentação, o uso de transgênicos também possibilita a substituição de espécies geneticamente mais próximas do homem, como primatas, cães e porcos, por animais de menor tamanho, especialmente os camundongos. Isto porque aproximadamente 80% dos genes funcionam nos camundongos da mesma maneira que em humanos. Assim, essa tendência da redução na quantidade de animais por estudo deverá ser acentuada no futuro, pois o refinamento progressivo das técnicas de transgenia segue gerando modelos animais que mimetizam, cada vez com maior similaridade, os sintomas e as respostas aos tratamentos de doenças humanas.






Objetivo

            Este trabalho tem como objetivo apresentar os “transgenicos” a luz do conhecimento, parte integrante da disciplina Química Molecular.




Metodologia

            A organização deste trabalho constitui-se de uma pesquisa, realizada através da revisão bibliográfica de artigos técnicos e científicos publicados em sites especializados sobre a tecnologia dos transgênicos.




Discussão

Os organismos transgênicos são aqueles cujo genoma foi modificado com o objetivo de atribuir-lhes nova característica ou alterar alguma característica já existente, através da inserção ou eliminação de um ou mais genes por técnicas de engenharia genética (Marinho, 2003). Entre as principais características almejadas encontram-se o aumento do rendimento com melhoria da produtividade e da resistência a pragas, a doenças e a condições ambientais adversas; a melhoria das características agronômicas, permitindo uma melhor adaptação às exigências de mecanização; o aperfeiçoamento da qualidade; a maior adaptabilidade a condições climáticas desfavoráveis e a domesticação de novas espécies, conferindo-lhes utilidade e rentabilidade para o homem (Lacadena, 1998).

A liberação dos transgênicos no Brasil, particularmente aqueles com finalidade comercial, vem provocando intensa polêmica quanto a possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente.

Tal polêmica, que envolve diversos atores, como cientistas, agricultores, ambientalistas e representantes do governo, refere-se ao nível de incerteza atribuído a esses alimentos diante da chamada ‘segurança alimentar’ (Marinho, 2003). O conceito surgiu na Europa do século XX, fortemente relacionado à capacidade de os países produzir sua própria alimentação no caso de eventos de guerra e catástrofes.

Assim, seu percurso histórico iniciou-se associado às noções de soberania e segurança nacional e foi impulsionado pelas conseqüências da 1ª Guerra Mundial, que evidenciou o poder de dominação que poderia representar o controle do fornecimento de alimentos (Maluf, 2007).

Há um intenso conflito entre defensores e críticos da tecnologia transgênica. Grande parte da polêmica emerge da falta de informações completas e confiáveis sobre riscos, benefícios e limitações dessa aplicação. Os vários argumentos, utilizados por ambos os lados da controvérsia, encontram-se no Quadro a seguir (Lacey, 2006).



Argumentos Favoráveis
Argumentos Contrários
Expansão do conhecimento cientifico
Conhecimento incompleto, que desconsidera a possibilidade de riscos ao ambiente e dos agrossistemas sustentáveis.
Grandes benefícios com o uso imediato dos transgênicos (sementes com qualidade nutritiva aumentada).
Benefícios medíocre, limitados ao grupo de grandes produtores, sem alcançar o pequeno produtor; seu desenvolvimento reflete interesses do sistema de marcado global.
Ausência de perigos para a saúde humana e ambiental que se originem de seu uso e que não possam ser adequadamente administrados por regulamentações planejadas.
Os maiores riscos podem não ser os que afetam diretamente a saúde humana e o ambiente, mas sim aqueles ocasionados pelo contexto socioeconomico da pesquisa e do desenvolvimento de transgênicos e de seus mecanismos associados, tais como a estipulação que as sementes transgênicas são objetos em relação aos quais os direitos de propriedade intellectual devem ser garantidos.
Inexistência de formas alternativas de agricultura a serem desenvolvidas em seu lgar , sem ocasionar riscos inaceitáveis (ex. Falta de alimento).
Encontram-se em desenvolvimento métodos agroecológicos que permitem alta produtividade em lavouras essenciais e ocasionam riscos relativamente menores, promovem agrossistemas sustentáveis, utilizam e protegem a biodiversidade; e contribuem para a emancipação social das comunidades pobres.

Para o desenvolvimento de um organismo transgênico são necessários muitos anos de pesquisa e milhões de dólares de investimento. O trabalho envolve cientistas de diversas áreas do conhecimento, a exemplo de biologia, genética e agronomia.


A transgenia pode ser aplicada em diferentes áreas:


Agricultura
Muitas culturas já possuem versões transgênicas. Abóbora, alfafa, algodão, berinjela, beterraba, cana-de-açúcar, canola, feijão, mamão, milho e soja são exemplos. Sojamilhoalgodão e canola compõem 99%[4] de toda a área plantada com transgênicos no mundo.



Alimentação
Bactérias, leveduras e fungos transgênicos atuam diretamente nos processos de fermentação, preservação e formação de sabor e aromas de bebidas e comidas. Por exemplo: queijos, pães, cerveja, vinho e adoçantes.
Saúde
Diversas vacinas, medicamentos, kits de diagnóstico, terapias e tratamentos são desenvolvidos por meio da transgenia. A insulina usada por seres humanos no tratamento de diabetes é transgênica.



Química
Microrganismos transgênicos produzem enzimas que contribuem na degradação de gordura e são usadas, por exemplo, na composição de detergentes e sabões em pó.



Têxtil
Para que tecidos resistam a condições de lavagem, também são usadas enzimas produzidas por microrganismos transgênicos.


O primeiro produto derivado de um organismo transgênico chegou ao mercado em 1982. Era insulina, produzida por uma bactéria geneticamente modificada com um gene humano. As primeiras plantas transgênicas começaram a ser comercializadas na China, na década de 1990. A comercialização iniciou com uma linhagem de tabaco que continha um gene que auxiliava no controle de pragas.
Logo em seguida, os Estados Unidos liberaram a comercialização de um tomate com um gene que retardava seu amadurecimento. Esses dois produtos, entretanto, já saíram do mercado. A cultura que inseriu, definitivamente, os transgênicos na agricultura foi a soja, aprovada nos Estados Unidos, em 1995.
No Brasil, as plantas transgênicas chegaram em 1998, quando a CTNBio[5] aprovou o plantio de uma soja tolerante a herbicidas. Desde então, outros 129 produtos geneticamente modificados (GM) foram modificados. Entre eles estão plantas, vacinas, microrganismos, medicamentos e até insetos.

No Brasil, independentemente da origem do material genético, todo o  organismo que tiver seu DNA modificado é considerado um OGM. Essa modificação pode ou não inserir um gene externo no DNA do organismo.
Dessa maneira, um OGM pode
  • ter a adição de um gene proveniente de uma espécie não sexualmente compatível (transgênico)
  • ter a adição de um gene de uma espécie com a qual poderia haver um cruzamento (cisgênico)
  • ter um ou mais de seus genes deletados

Desde a descoberta da agricultura e da domesticação de animais já eram realizados cruzamentos entre espécies sexualmente compatíveis na tentativa de obter melhores indivíduos.
Um exemplo é o milho (observe na imagem acima). Agricultores foram cruzando o ancestral do grão (o teosinto) com o objetivo de aumentar número de grãos por espiga, tamanho e cor dos grãos, porte da planta etc. Como resultado desse processo, o milho de hoje é completamente diferente da planta que lhe deu origem.
Com o passar dos anos, descobriu-se como as características são passadas de uma geração para outra e qual o papel da genética neste processo. As técnicas foram aprimoradas e as descobertas tornaram-se cada vez mais detalhadas. Os novos métodos utilizados permitiram que os genes fossem transferidos sem a reprodução sexual. A tecnologia que permitiu esse avanço ficou conhecida por Engenharia Genética. 
Os transgênicos trazem inúmeros benefícios ao consumidor, ao agricultor e ao meio ambiente. Os principais são:

Prevenção e tratamento de doenças
Por meio do uso de técnicas de biotecnologia, são desenvolvidos métodos de diagnóstico de doenças, terapias, tratamentos e vacinas. Alguns produtos que já trazem esses benefícios: insulina, hormônio do crescimento, vacina contra a Hepatite B e vacina contra a dengue.


Disponibilidade de alimentos
Com a adoção de transgênicos na agricultura, há redução das perdas nas lavouras e, conseqüentemente, aumento da produtividade. Isso faz com que mais alimentos estejam disponíveis para compor a ração animal e também para o consumidor final.

Facilidade de manejo na agricultura
As características introduzidas nos transgênicos disponíveis para a agricultura facilitam o manejo do produtor. A tolerância a herbicidas e a resistência a insetos otimizam o uso de defensivos químicos.

Preservação do meio ambiente
Ao otimizar o uso de insumos, os transgênicos permitem que o agricultor use menos água para diluir os produtos e menos combustível para a aplicação.



Conclusão

Alimentos transgênicos são alimentos que tiveram seu DNA modificado pela inserção do gene de um outro organismo ou que apresentam em sua composição algum ingrediente ou matéria-prima que passou pelo mesmo processo. Pode ser um milho que recebeu um trecho do DNA de uma bactéria, um tofu[6] feito com soja transgênica, uma farinha feita com milho transgênico ou um biscoito que tenha em sua composição derivados desses produtos. Os alimentos transgênicos, cada vez mais, fazem parte da nossa vida.
Estima-se que quase 100% de todos os alimentos processados e bebidas contenham pelo menos um ingrediente derivado de soja e milho. Os grãos, na maioria das vezes, são transgênicos. Além disso, há muitos anos bactérias, leveduras e fungos transgênicos atuam diretamente nos processos de fermentação, preservação e formação de sabor e aromas de comidas e bebidas.
Também há outros cultivos transgênicos em alguns países. Nos Estados Unidos, são plantadas variedades transgênicas de mamão, abóbora e beterraba. No Canadá, chegou ao mercado em 2017 o salmão transgênico. Já em Bangladesh, há uma variedade de berinjela resistente a insetos sendo cultivada.
Atualmente, os produtos que contêm transgênicos, do ponto de vista da aparência, são iguais aos não modificados. Entretanto, é possível identificá-los por meio da rotulagem. No Brasil, se um produto contiver mais de 1% de ingrediente transgênico em sua composição, deve ser rotulado. Para reconhecer esses alimentos, basta prestar atenção nas seguintes indicações:
  1. símbolo de transgênico na embalagem. A representação é um triângulo amarelo, com a letra T dentro;
  2. frase “produto produzido a partir de soja transgênica” ou “contém soja transgênica”;
  3. nome da espécie doadora do gene junto à identificação dos ingredientes ou sigla OGM (Organismo Geneticamente Modificado).
É importante ressaltar que a rotulagem não tem relação com a biossegurança dos transgênicos, mas sim com o direito à informação.
A transgenia também contribui para avanços na medicina. Diversas vacinas hoje disponíveis foram desenvolvidas por meio de técnicas de biotecnologia. É o caso das vacinas contra dengue, hepatite B e outras usadas para imunizar animais. Centros de pesquisa e tratamento no mundo estão utilizando transgênicos para realizar tratamentos, diagnósticos e desenvolver medicamentos.
Uma das primeiras aplicações da transgenia na saúde é também uma das mais úteis: a produção de insulina por microrganismos transgênicos. Até a década de 1980, ela extraída de bois e porcos e, freqüentemente, causava alergias. De lá para cá, diabéticos do mundo inteiro se beneficiam dessa tecnologia. Isso tornou a insulina mais segura e aumentou a eficiência dos tratamentos.
Outros bons exemplos das várias aplicações da transgenia na saúde são o hormônio do crescimento e a vitamina C.
Além disso, insetos estão sendo geneticamente modificados para carregarem um gene que, quando transmitido à prole, não deixa que ela se desenvolva. É o caso do mosquito da dengue transgênico, aprovado no Brasil em 2014. Ele é idêntico ao Aedes aegypti – exceto por dois genes modificados inseridos. Um deles faz as larvas do mosquito brilharem sob uma luz especial (para que elas possam ser identificadas pelos cientistas). O outro impede que os filhotes cheguem à fase adulta, reduzindo, assim, a população do vetor da doença.
Embora não tenha sido o primeiro a utilizar a transgenia, o setor da agricultura é o mais famoso. Isso porque boa parte da soja, milho, algodão e canola plantados no mundo hoje são transgênicos. Além disso, por serem commodities, mercadorias vendidas em grandes quantidades globalmente, milhões de toneladas são produzidas todos os anos.
Área plantada com transgênicos no mundo, por cultura. | ISAAA, 2018
De acordo com dados do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), em 2017 foram cultivados 189,8 milhões de hectares com culturas transgênicas. A soja foi responsável por metade da área, enquanto as outras culturas pelos outros 50%.
O Brasil é o segundo país que mais planta transgênicos no mundo. Cultiva-se sojamilhoalgodão e, mais recentemente, cana-de-açúcar. Feijão e eucalipto, embora já estejam liberados para plantio, ainda não são plantados em comercialmente.
Entre as culturas que já estão no campo, é na da soja que se observa a maior taxa de adoção: 96,5% de toda a soja do Brasil é transgênica. A produção da oleaginosa foi a primeira a receber autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), em 1998.
No Brasil e no mundo, grande parte dos transgênicos plantados apresenta características que facilitam a agricultura. As características mais comuns adicionadas às plantas são tolerância a herbicidas e resistência a insetos. A primeira foi obtida pela inserção de gene de uma bactéria do solo chamada Agrobacterium tumefacien[7]s. Também é de uma bactéria, a Bacillus thuringiensis[8], o gene que confere às plantas resistência a insetos. Há variedades, inclusive, que apresentam os dois benefícios combinados.
Embora o benefício dos transgênicos na agricultura seja percebido mais diretamente pelo produtor, essa tecnologia também impacta o consumidor.

Prós
1.       Custo baixo devido à produção e larga escala.
  1. Torna acessível diversos tipos de alimento a toda a população. tornando-a acessível para toda população.
  2. Facilita a vida do agricultor, que quando compra uma semente transgênica, tem menos gastos com pesticidas e outros produtos químicos.
Contras
1.       Há desgaste do ambiente e alterações que podem tornar-se irreversíveis, como a aplicação de agrotóxicos, que penetra na terra e através da chuva atinge os rios e toda fauna e flora que está interligado.
  1. Dúvidas geradas quanto à própria saúde humana e os riscos que podem se desencadear a longo tempo.
  2. Pesquisadores ainda criticaram o processo de análise de atividades que envolvam o uso comercial de OGM e derivados pela CTNBio. As faltas de transparência, participação popular e critérios mais claros para a aprovação de plantas transgênicas para comercialização no Brasil são algumas das críticas.


Referencias Bibliográfica


1.      BERTONCINI, Celia Rejane Antonio. Tecnica de Transgenia (2009). Universidade Federal de São Paulo. Disponivel em:    https://www.researchgate.net/profile/Clelia_ Bertoncini/publication/263854582_Tecnica_de_Transgenia/links/0f31753c2d0bea4816000000/Tecnica-de-Transgenia.pdf, vistado em 20/11/2018, as 13h30.
2.      CAMARA, Maria Clara Coelho; MARINHO, Carmem L. C.; GUILAM, Maria Cristina Rodrigues; e NODARI, Rubens Onofre. Transgenicos: avaliação da possível (in) segurança alimentar atraves da produção científica. História, Ciência e Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.16, n.3, jul-set 2009, p 669-681.
3.      Transgênicos: tudo o que voce precisa saber. CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia). Disponível em https://cib.org.br/transgenicos/, visitado em 19/11/2018, as 21h17min.
4.      Trangênicos: Pesquisadores expõem argumentos e esclarecem duvidas de procuradores sobre assunto. Reunião de trabalho aberta da Câmara de Meio Ambiente e Patrimonio Cultural. Procuradoria Geral da República, realizada em 2 de dezembro de 2016. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/transgenicos-pesquisadores-expoem-argumentos-pros-e-contras-e-esclarecem-duvidas-de-procuradores-sobre-o-assunto, visitado em 20/11/2018 as 12h10min.


[1] O triangulo eqüilátero possui os três lados com medidas iguais.
[2] A técnica de nocaute gênico permite que genes mutados in vitro e inseridos, durante o desenvolvimento embrionário no blastocisto, originem camundongos deficientes na produção da molécula induzida pelo gene.
[3] Aequorea victoria, também chamado às vezes a geleia-de-cristal, é uma bioluminescente água-viva, ou hidromedusa, que se encontra ao largo da costa oeste da América do Norte. Esta espécie é considerada sinônimo de Aequorea aequorea de Osamu Shimomura, o descobridor da proteína verde fluorescente.
[4] Dados da CTNBio é a sigla para Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
[5] Comissão Tecnica Nacional de Biossegurança. (www.ctnbio.mcti.gov.br)
[6] Tofu é um alimento produzido a partir da soja. Tem uma textura firme parecida com a do queijo, sabor delicado, cor branca cremosa e apresenta-se sob a forma de um bloco branco. É originário da China, mas muito comum também na alimentação japonesa e coreana.
[7] Agrobacterium tumefaciens é o agente causal da doença da galha da coroa em mais de 140 espécies de eudicotiledôneas. É uma bactéria do solo Gram-negativa em forma de bastonete.
[8] Bacillus thuringiensis é uma espécie microbiológica da família Bacillaceae. Foi descoberto em 1911 por Ernst Berliner na província de Thuringia, Alemanha. Passou a ser utilizado como inseticida na França em 1938, e nos Estados Unidos da América na década de 1950.


Autor do estudo: Marcos Evandro Teixeira Pinto

Citação: PINTO, Marcos Evandro T.; PIMENTEL; e Rosana da Silva. Transgenicos. Universidade Salgado de Oliveira, Graduação Biomedicina, 21/11/2018.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Professor Evandro Brasil afirma que é necessário reduzir o preço dos combustiveis cobrados nas bombas

Governo de transição admite que poderá privatizar parte da Petrobras 
Hoje a possibilidade de privatização da Petrobras ou de parte dela ganha espaço nas noticias de radio e tv. Tal ação esta na boca do presidente eleito Jair Messias Bolsonaro. Mas, um fato é verdadeiro: Quando algo te incomoda, se livre dele. Esta é uma atitude comum no mercado entre os empreendedores.
Quando a Vale do Rio Doce foi privatizada nos anos 1990, houve muito burburinho: o governo federal teria vendido a estatal a preço de banana e teria dado a “prata da casa” de bandeja para o capital especulativo estrangeiro. O simbolismo pegou: privatização é até hoje o maior palavrão da política brasileira, e defender a venda da Petrobras ou Banco do Brasil ao capital privado é coisa extrema. Pode causar um sabor amargo.
Quanto a privatização da Vale do Rio Doce, segundo os economistas Vinicius Carrasco e João Manoel Pinho de Mello valeu à pena. Pois após a privatização a Vale passou a ser uma das empresas mais lucrativas em seu segmento na economia mundial.
E a Petrobras? Essa gigante estatal está hoje na boca do povo por conta da corrupção praticada por executivos e políticos brasileiros, e também, pelo alto preço cobrado pelos combustíveis no mercado interno. Vale ressaltar que ao abrir o capital da empresa com venda de suas ações no mercado internacional o governo (à época PT) colocou em risco o controle da estatal. Outro fato que ajudou a comprometer ainda mais a gestão da Petrobrás foi a desastrada compra da refinaria de Pasadena no Texas. A empresa teria pagado uma quantia exorbitantemente maior do que o adequado numa operação aprovada pelo Conselho de Administração, composto por membros graduados do governo e grandes gestores do setor privado. Na ocasião Dilma Houssef presidia o Conselho de Administração da empresa.
Mas é curioso que Pasadena tenha ganhado tanta repercussão, pois o prejuízo da Petrobras com essa refinaria faz cócegas se compararmos com a imensa queda do valor da empresa observado nos últimos anos. Desde 2010 até hoje, o valor da Petrobras caiu de R$380 bi para R$215 bi, ou seja uma queda de 43% segundo o Relatório de Administração da empresa[3]. Se você ainda é acionista da Petrobras, deve saber que os lucros líquidos atribuíveis aos acionistas tiveram queda de R$35,2 bi para R$23,6 bi no mesmo período.
Entre outros, um dos fatores de distúrbio às finanças da empresa tem sido a política de reprimir preços de gasolina praticada nos últimos anos com o intuito de conter a inflação. Destacamos, porém, que a algum tempo não está valendo a pena produzir petróleo no Brasil, apesar de nossa autossuficiência, pois a produção total de óleo e gás natural da Petrobras caiu de 2,6 milhões de barris/dia em 2010 para 1,9 milhão de barris/dia. Do outro lado estão as importações da gasolina, que apresentaram um crescimento espetacular de meros 149 barris equivalentes de petróleo (beps) em 2009 para 2,9 milhões de beps em 2010 e 16,3 milhões em 2013, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo.
Como se vê, Pasadena não é nada perto do que estrago feito na Petrobras, a maior empresa pública do Brasil. É difícil saber o que aconteceria com a Petrobrás se ela tivesse sido privatizada na onda dos anos 1990, mas temos que concordar que dificilmente estaria na situação em que a encontramos hoje. A Vale teve muito êxito, e alguns poderão argumentar que ela se beneficiou de uma valorização extraordinária dos preços de minério nas últimas duas décadas. É verdade, mas a Petrobras não poderia reclamar dos preços de petróleo, e legou aos seus acionistas, o povo brasileiro, os pífios resultados econômicos descritos acima e a maior dívida corporativa do mundo.
Não é impossível o Estado gerir bem empresas, mas os riscos de fracasso são enormes e nossa história está pontilhada de exemplos. “O Estado sofre de dois grandes ‘handicaps’ em seus empreendimentos. Um é o que decorre da primazia de sua função política e da contingência: (...) o Estado é dirigido pelo partido no poder e esse partido não pode dispensar o apoio de seu eleitorado nem faltar repetidamente a seus eleitores. Outro ‘handicap’ do Estado está em que ele não pode dispensar a burocracia, (...) uma máquina ronceira, cujos membros, em regra mal selecionados, confiam no amparo político e na diluição da responsabilidade, mais do que no valor da iniciativa e do esforço pessoais”. Essas linhas foram escritas em 1945 por Eugênio Gudin, grande economista brasileiro que militava por uma economia de mercado com menos privilégios, mais competição e eficiência. Não parece que suas ideias tenham preponderado em muitos governos, e a Petrobras está aí para nos apresentar a conta. Já passou da hora de sair desse negócio.
Professor Evandro Brasil admite que vender
fragmentos da Petrobras é uma opção, desde
que haja uma estratégia.
Para o professor Evandro Brasil, vender a Petrobras integralmente hoje seria uma grande lastima, mas fragmentar e vender em setores, seria uma opção, desde que haja uma estratégia nas ações da gestão. O que mais sacrifica a nossa gente nos dias atuais é o preço dos combustíveis cobrados nas bombas de combustíveis. A gasolina é vendida nas refinarias a 1,6 reais por litro, mas nas bombas a gasolina não é vendida por menos de 5,5 reais, o mesmo ocorre com o dieses, GNV e com o etanol. E necessário pensar uma opção. O professor segue afirmando que uma saída seria a criação de uma nova empresa petrolífera, com capital 100% nacional, sem a intervenção politica, tocada por executivos competentes, e que participasse das aquisições de alguns fragmentos da Petrobrás, esta empresa também deveria ter sob suas atividades e distribuição varejistas de combustíveis, o que obrigaria aos demais postos a reduzir os seus preços.
Fonte: Terraço Econômico, CANTISSANI, Alipio. Privatizar a Petrobras 

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Estilos de lideranças e os impactos junto aos colaboradores

Cada perfil influencia de modos distintos o ambiente de trabalho, o comportamento dos profissionais e o desenvolvimento das atividades profissionais

É muito importante conhecer a relação do líder com seus liderados e observar d eque forma ele pode orientar sua conduta e seu estilo de liderança para a busca de melhores resultados de gestão. Por isso, veremos a seguir as influencias de quatro estilos de liderança - a autocrática, a liberal, a democrática e a coaching - nos resultados de desempenho e no comportamento das pessoas.


Liderança Autocrática

A ênfase dessa liderança é no próprio líder. Na liderança autocrática, o líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões, e os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. A figura do "chefe" se sobressai e as pessoas recebem ordens, possuindo pouco espaço para questionamentos ou sugestões.


O líder autocrático costuma:

1. Ser dominador;
2. Emitir ordens a espera da obediência plena e cega de seus subordinados; e
3. Ser temido pelo grupo, que só trabalha quando ele está presente.

Os grupos subordinados à liderança autocrática apresentam um maior volume de trabalho, com evidentes sinais de tensão, frustração e agressividade, e, em função disso, costumam apresentar insatisfação, falta de motivação e uma propensão a gerar conflitos entre os colegas.


Liderança liberal

Ao contrário da autocrática, esse estio de liderança tem enfase no liderado. Neste modelo, o líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupo, participando delas apenas quando solicitado. A liderança liberal enfatiza somente o grupo. Dessa forma, as pessoas tendem a exercer atividades mais intensas pela liberdade observada.

Nesse tipo de liderança, o líder só ajuda quando solicitado, confiando plenamente no trabalho do liderado. Ele parte do pressuposto de que os colaboradores são maduros o suficiente e estão aptos a desempenhar as suas tarefas, sem a necessidade de um acompanhamento constante. Por isso, com o passar do tempo, e sem a necessidade de prestar contas, o grupo tende a oferecer baixa produtividade e um certo individualismo no seu desempenho. 

O comportamento do líder é evasivo e sem firmeza

Os grupos submetidos a liderança liberal não se airam bem quanto a quantidade  nem a qualidade do trabalho. E ainda apresentam:

1. Fortes sinais de individualismo;
2. Desagregação;
3. Insatisfação; e
4. Pouco respeito ao líder, que é ignorado pela grupo.


Liderança democrática

Esse é um estilo de liderança interessante na gestão de qualquer negócio. Nesse modelo, o líder se torna um facilitador do processo, ajudando os colaboradores a executarem bem as suas tarefas e primando por um clima agradável de trabalho. ou seja, ele se preocupa com a execução do trabalho em si, mas também com a qualidade de vida e satisfação da sua equipe de trabalho.

Na liderança democrática, o líder:

1. Interage bem com a equipe e com os indivíduos;
2. Encoraja a participação das pessoas; e
3. Preocupa-se igualmente com o trabalho e com o grupo.

O líder é bastante participativo e atua para orientar o grupo, ajudando-o na definição dos problemas e nas soluções, coordenando atividades e sugerindo ideias.

Os grupos submetidos à liderança democrática apresentam boa quantidade e melhor qualidade de trabalho, acompanhadas de um clima de satisfação, interação, responsabilidade e comprometimento das pessoas.


Liderança coaching

Esse é um estilo de liderança dos tempos modernos. Onde a performance dos liderados esta em foco.

O líder exibe um verdadeiro interesse pelo aumento da performance dos seus subordinados, acompanhando a evolução de cada um, incentivando-os e dando feedback constantes para manter as pessoas motivadas e alinhadas em suas atividades.

Nesse modelo, o líder:

1. Busca manter seus colaboradores sempre motivados;
2. Promove criar um ambiente de trabalho agradável, com um clima de cooperação e confiança; e
3. Estimula uma visão positiva do futuro na equipe de trabalho, primando pelo desempenho de cada individuo.

Posturas diferentes, resultados distintos

Em cada um desses quatro estilos de liderança, a atuação do líder promove uma cadeia de comunicação no grupo. O estudo que deu origem a essas definições defendeu fortemente a adoção da liderança democrática.

os motivos foram o fato de ela ser compatível com:

1. Administração participativa; e
2. A estratégia de interdependência em que as decisões são repartidas, o que torna todos corresponsáveis, conscientes e profissionais.

Adequação da liderança à situação.


Um gestor pode escolher um estilo de liderança de acordo com:

1. A tarefa a ser executada;
2. As pessoas; e 
3. A situação.

Isso se chama liderança situacional. Nesse caso, a ênfase é na maturidade do liderado em relação à uma determinada situação. 

O gestor eficaz tanto manda cumprir ordens como sugere aos subordinados a realização de certas tarefas, ou ainda os consulta antes de tomar alguma decisão.

O desafio está em saber quando aplicar cada estilo, com quem e em que circunstâncias.

Fonte: CEBRAE

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Policia federal assume investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson


O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann determinou à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar a existência de uma organização criminosa que poderia estar atrapalhando a apuração dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista, Anderson Gomes. "Este grupo, composto por agentes públicos, contraventores e milicianos, atuaria para "impedir, obstruir e desviar a elucidação dos crimes". Afirmou o ministro.
Jungmann explicou que a decisão não significa a transferência de poderes do caso a Policia Civil continuará trabalhando para prender os assassinos e os mandantes do crime. Nesta lógica, Jungmann destaca que vão manter duas investigações, a da morte da vereadora Marielle e a outra as denuncias de manobras para atrapalhar a elucidação desse crime. Segundo Jungmann a medida como necessária por envolver, por exemplo, indícios de fraudes processuais, corrupção, favorecimento pessoal, exploração de prestígio e falsidade ideológica, entre outros crimes. A abertura de um novo inquérito foi pedida pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a partir dos depoimentos de duas testemunhas.
Curicica disse que membros da corporação, incluindo o chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, teriam montado uma rede de proteção aos envolvidos nos assassinatos. Por outro lado, o delegado repudiou "a tentativa de um criminoso altamente perigoso de colocar em risco as investigações".
por Marcelo Procópio

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Bolsonaro afirma que em seu governo não haverá nomeação de corruptos.

Alberto Fraga (DEM) e Bolsonaro (PSL). Foto de arquivo da Revita Forum.

"Nosso governo não será composto por corruptos!" Afirmativa do presidente eleito Jair Bolsonaro como respostas as criticas recebidas diante da possível indicação de Alberto Fraga (DEM) para compor um ministério em seu governo. Alberto Fraga é líder da bancada da bala na Câmara dos Deputados Federais e aliado de Bolsonaro.

Pelo twitter ele ainda fez referencia ao governo de Michel Temer que manteve em seus ministérios políticos acusados de corrupção. Bolsonaro ainda não anunciou nenhum nome oficialmente, afirma que o anuncio oficial ocorrerá a partir de segunda-feira e que qualquer anuncio antes disso ou pelas redes sociais é pura especulação.

Alberto Fraga foi condenado pela Justiça em setembro passado em um processo onde ele é acusado de receber propina no Distrito Federal.

Embora ainda não tenha feito o anuncio oficial, Jair Messias Bolsonaro confirma que o astronauta Marcos Pontes será nomeado a pasta da Ciencia e Tecnologia, Paulo Guedes no super ministério da Economia, Augusto Heleno no ministério da defesa e Onix Lorenzoni (DEM) na casa civil. E devegar o governo de Bolsonaro esta tomando forma.

Por Marcelo Procopio

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