Por Marcelo Procópio
Policial: População aplaude operação que já prendeu quatro suspeitos e promete devolver segurança às estradas da Baixada Fluminense.
Foto de arquivo: Gov BrNa manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) deflagraram a Operação Quantrill, mirando uma quadrilha especializada no roubo de caminhões de carga em Magé, na Baixada Fluminense. A ação, que envolveu mais de 50 agentes, já cumpriu quatro dos sete mandados de prisão emitidos.
As investigações, conduzidas pela 63ª DP (Japeri) com o apoio do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ, começaram no início do ano passado. De acordo com as autoridades, a quadrilha, liderada por dois irmãos, roubou cerca de 28 caminhões entre janeiro e dezembro de 2023, causando um prejuízo estimado em R$ 15 milhões.
"Esses criminosos traziam medo e prejuízo para toda a região," comentou Maria Aparecida, moradora de Magé. "Ver a polícia agindo dá um alívio enorme para quem depende das estradas para trabalhar e viver."
A operação não se restringiu a Magé. Mandados foram cumpridos também em Duque de Caxias, Guapimirim e Anchieta, na Zona Norte do Rio. Entre os presos está um dos líderes da quadrilha, que, segundo o MPRJ, operava uma borracharia em Duque de Caxias. Esse local era utilizado como fachada para as atividades criminosas, incluindo a troca constante dos veículos usados nos roubos para dificultar a identificação.
"Finalmente estamos vendo uma resposta contundente das autoridades," afirmou João Carlos, caminhoneiro que frequentemente passa pela BR-493. "Esperamos que essa operação traga mais segurança para quem trabalha nas estradas."
Os criminosos agiam com precisão. Em uma das abordagens, dois homens mantiveram o motorista refém enquanto um terceiro removia o rastreador do veículo, dificultando a localização pelos proprietários e pela polícia. Os caminhões roubados eram levados para um sítio em Mauá, onde eram desativados os sistemas de busca e, posteriormente, adulterados antes de serem enviados para outros estados, como Minas Gerais e Espírito Santo. Partes dos veículos também eram desmontadas e vendidas no mercado negro.
"A Operação Quantrill é uma vitória não só para a polícia, mas para todos nós que dependemos dessas vias," declarou Roberto da Silva, comerciante local. "Sabemos que a luta contra o crime organizado é constante, mas ações como essa mostram que estamos no caminho certo."
As investigações continuam, e a polícia acredita que conseguirá prender os demais membros da quadrilha nos próximos dias. A população, por sua vez, mantém a esperança de dias mais tranquilos nas estradas da Baixada Fluminense.
Com a operação ainda em andamento, o clima nas ruas é de alívio e expectativa. A Operação Quantrill, batizada em homenagem à gangue dos irmãos Jesse e Frank James, famosos por seus roubos no século XIX, promete ser um marco na luta contra o crime organizado na região.
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