Por Marcos Vinicius
A Federação PSDB/Cidadania está sob investigação da Justiça Eleitoral de Nova Iguaçu por supostamente lançar candidaturas fictícias para o cargo de vereadora. A 156ª Zona Eleitoral abriu uma ação de investigação judicial após denúncia do candidato a vereador Marquinho do Chapéu, do PDT.
Marquinho alega que, das oito mulheres que compuseram a chapa da Federação, duas não conseguiram votos sequer para si mesmas. “Essas candidatas não participaram de atividades de campanha, nem presencialmente nem nas redes sociais. Isso levanta sérias suspeitas de que elas foram inscritas apenas para cumprir a cota de gênero”, afirmou o pedetista. Segundo ele, tal prática seria uma fraude que busca garantir a participação do partido sem respeitar a legislação eleitoral.
O candidato exige que, se a fraude for confirmada, todos os votos recebidos pelos candidatos da Federação PSDB/Cidadania sejam anulados e que os responsáveis percam seus direitos políticos por 8 anos. “Não podemos permitir que a velha política manipule as regras em benefício próprio”, declarou Marquinho.
O impacto da denúncia pode ser significativo. A Federação conseguiu eleger dois vereadores, Wesley Lopes e Alexandre da Padaria, ambos do PSDB. Alexandre, reeleito pela terceira vez, expressou surpresa e negou qualquer irregularidade: “Temos confiança no processo e acreditamos que tudo será esclarecido. Nunca vi irregularidades em nossa campanha”. Caso os mandatos sejam cassados, haverá uma recontagem de votos que pode favorecer diretamente Marquinho do Chapéu, que ficou como suplente após obter 4.221 votos.
O juiz eleitoral, Gustavo Quintanilha Telles de Menezes, já notificou as duas candidatas acusadas, assim como a direção da Federação PSDB/Cidadania, para que se manifestem no prazo de cinco dias. Em seguida, o Ministério Público Eleitoral dará seu parecer sobre o caso.
A cidade de Nova Iguaçu aguarda com expectativa os desdobramentos desse processo que pode alterar a composição da Câmara e mudar o cenário político local. Entre os eleitores, a sensação é de desconfiança. “Se isso realmente aconteceu, é uma vergonha para a nossa política”, comentou a comerciante Maria Lopes. Já o estudante Rafael Pereira, de 22 anos, vê com cautela: “Espero que tudo seja esclarecido antes que qualquer medida seja tomada. Precisamos de transparência.”
Os próximos dias serão decisivos para definir o futuro político de Nova Iguaçu, e a pressão sobre a Justiça Eleitoral aumenta à medida que se aproxima o prazo final para respostas.
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