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| Foto de Arquivo: Militares ucranianos avançam em território arrasado pelos ataques russos |
Por Marcelo Procópio
Diplomacia: Em um capítulo diplomático carregado de simbolismo, o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, realizado em 15 de agosto de 2025, na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no Alasca, teve como tema central a guerra na Ucrânia . Apesar dos gestos cerimoniais — tapete vermelho, limousine compartilhada — nenhum cessar-fogo foi firmado, e as negociações permanecem envoltas em incertezas .
Segundo fontes, Putin propôs um esquema de “paz em troca de território”: a Ucrânia entregaria as regiões de Donetsk e Luhansk, e em contrapartida a Rússia congelaria sua ofensiva no sul em Kherson e Zaporizhzhia e poderia devolver pequenas áreas em Sumy e Kharkiv . Também houve reivindicação formal da soberania sobre a Crimeia, exclusão da Ucrânia da Otan, flexibilização de sanções, status oficial para o idioma russo e liberdade de atuação da Igreja Ortodoxa Russa .
Trump, por sua vez, passem de exigir um cessar-fogo como pré-condição, passou a preferir avançar diretamente para um acordo abrangente, abrindo mão de um cessar-fogo provisório . Ele afirmou que os EUA ajudariam com garantias de segurança para a Ucrânia, embora sublinhasse que grande parte da responsabilidade recairia sobre os países europeus .
Após o encontro, Trump recebeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e líderes europeus em Washington, mantendo o clima diplomático ativo e sugerindo a possibilidade de uma cúpula trilateral entre EUA, Ucrânia e Rússia — ainda não confirmada por Moscou .
No front europeu, Macron e Merz exigiram que um cessar-fogo preceda qualquer negociação concreta, insistindo que as fronteiras não sejam alteradas pela força .
Enquanto isso, a presidência do Brasil, sob Luiz Inácio Lula da Silva, segue envolvida nas conversas. Em 9 de agosto de 2025, Lula conversou por cerca de 40 minutos por telefone com Putin, que o informou sobre os aspectos da reunião com Trump e os esforços de paz em curso . Lula reiterou o compromisso do Brasil com a busca por diálogo e seu papel, junto ao “Grupo de Amigos da Paz” (liderado por Brasil e China), como um facilitador possível deste processo .
Este alinhamento demonstra a continuidade de um relacionamento extenso entre Lula e Putin, fundamentado em cooperação no âmbito do BRICS e de uma “parceria estratégica” que vem se fortalecendo nos últimos meses .
Em síntese: o encontro entre Trump e Putin reacendeu negociações, mas sem avanços concretos no cessar-fogo. A Ucrânia se vê pressionada por propostas controversas, enquanto Europa exige salvaguardas firmes. O Brasil reitera seu papel diplomático, mantendo diálogo com Putin e afirmando interesse em contribuir para a paz.
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