Foto da polícia judiciária, mostra a imagem dos presos, oriundos da América Latina, e entre eles há um brasileiro. |
Por Marcos Vinicius
Trafico Internacional: A Justiça de Guiné-Bissau sentenciou cinco estrangeiros a 17 anos de prisão nesta segunda-feira, após a apreensão de 2,6 toneladas de cocaína a bordo de uma aeronave que pousou no país em setembro. Entre os condenados, todos originários da América Latina, está um brasileiro, cujo nome não foi divulgado. O grupo foi acusado de tráfico de drogas agravado e uso ilícito de aeronave.
Detidos desde 7 de setembro, os cinco homens alegaram durante o julgamento que a aeronave havia partido do México, e não da Venezuela como inicialmente informado, e que seu destino original seria o Mali. Segundo o grupo, o pouso no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, ocorreu devido à falta de combustível. Contudo, as autoridades locais, que haviam recebido informações sobre a aeronave, interceptaram o Gulfstream IV e descobriram 78 fardos de cocaína em seu interior.
A ação contou com apoio da Administração de Repressão às Drogas (DEA), dos Estados Unidos, e do Centro de Análise e Operações Marítimas da União Europeia, destacando a crescente cooperação internacional no combate ao narcotráfico. A África Ocidental tem se consolidado como rota estratégica para o transporte de drogas da América do Sul para a Europa, sendo Guiné-Bissau um dos países frequentemente utilizados para o transbordo.
O brasileiro condenado, que sofre de problemas cardíacos graves segundo seu advogado, Alcides Martins, deverá recorrer da sentença, assim como os demais acusados. Apesar das alegações de que o pouso em Bissau foi involuntário, as evidências e o volume do carregamento reforçaram a condenação do grupo.
Nos últimos anos, países como Senegal, Serra Leoa e Guiné-Bissau têm servido como pontos de escala para o tráfico internacional. Facções criminosas brasileiras, em particular, têm explorado essas rotas para escapar da crescente fiscalização nos portos e aeroportos da América do Sul e da Europa. Este caso reforça o alerta sobre o papel estratégico da África Ocidental no esquema global de narcotráfico.
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