terça-feira, 17 de setembro de 2024

A pesca no município de Magé, Rio de Janeiro

Foto de arquivo: barco estacionado na praia de Olaria em Mauá (Magé/RJ)

Por Marcos Vinicius 

Economia: A pesca no município de Magé, localizado na Baixada Fluminense, é uma atividade tradicional que sustenta diversas famílias locais. Com suas extensas áreas de manguezais e a proximidade com a Baía de Guanabara, a pesca artesanal desempenha um papel importante na economia da cidade. Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente e Pesca de Magé, o setor pesqueiro envolve mais de 1.200 pescadores cadastrados, que dependem diretamente da atividade para seu sustento.

De acordo com um estudo realizado em 2022, cerca de 40% da produção de pescados no município é destinada ao consumo local, abastecendo peixarias e restaurantes da região. O restante é comercializado para outros municípios do Rio de Janeiro, contribuindo para o sustento econômico da população mageense.

Entretanto, apesar da importância da pesca, a atividade enfrenta desafios ambientais e sociais. Um dos principais problemas apontados é a poluição da Baía de Guanabara, que afeta diretamente a quantidade e a qualidade dos peixes capturados. Além disso, a pressão sobre os manguezais, com o avanço de áreas urbanizadas, compromete os locais de reprodução das espécies marinhas.

Pedro Gonçalves, pescador artesanal de Magé há mais de 30 anos, fala sobre as dificuldades: "A gente nota que a quantidade de peixe diminuiu muito nos últimos tempos. Antes, em um dia de trabalho, eu conseguia sustentar minha família por semanas. Hoje, preciso sair mais vezes, e nem sempre o peixe vem em boa quantidade". Ele destaca ainda a importância de ações para a preservação do meio ambiente: "Se não tiver cuidado com os manguezais e com a Baía, daqui a pouco ninguém mais vai conseguir viver da pesca".


Maria Aparecida, outra pescadora da região, destaca a importância da pesca artesanal para as mulheres. "Aqui em Magé, muitas mulheres trabalham com a pesca, seja na captura ou no beneficiamento do pescado. É uma atividade que nos dá sustento e autonomia", afirma. Ela defende a necessidade de maior apoio governamental, tanto na fiscalização ambiental quanto na criação de programas de incentivo para os pescadores.

As autoridades municipais têm investido em iniciativas para melhorar as condições da pesca no município. Entre elas, está a realização de oficinas de capacitação para os pescadores e projetos de preservação ambiental, como o reflorestamento de áreas de manguezal. A expectativa é de que essas ações contribuam para a sustentabilidade da atividade e para a melhoria da qualidade de vida dos pescadores de Magé.

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A Pesca no Estado do Rio de Janeiro: Panorama Atual e Desafios

Foto de arquivo: Barco e pescador jogando a rede ao mar

Por Marcos Vinicius 

Economia: A pesca é uma atividade tradicional e de grande importância econômica e social no estado do Rio de Janeiro. Historicamente, as águas fluminenses, ricas em biodiversidade, são fonte de sustento para milhares de famílias que dependem do mar para sua sobrevivência. Porém, a pesca tem enfrentado desafios nos últimos anos, resultantes de fatores ambientais, econômicos e sociais. Este artigo aborda a atual situação da pesca no estado, trazendo dados estatísticos relevantes e depoimentos de pescadores que vivem essa realidade.


A Pesca no Rio de Janeiro em Números

Segundo dados da Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro (FEPERJ), existem cerca de 30 mil pescadores artesanais registrados no estado, a maioria concentrada em municípios litorâneos, como Niterói, Angra dos Reis, Cabo Frio, e Campos dos Goytacazes. Esses trabalhadores são responsáveis por uma parte significativa da produção de pescado consumido no próprio estado, além de abastecerem mercados de outras regiões.

Nos últimos anos, a produção pesqueira do Rio de Janeiro tem enfrentado declínios. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção anual de pescado no estado caiu cerca de 15% nos últimos cinco anos. Entre as principais espécies capturadas estão a sardinha, o camarão, a tainha e o pargo, que são altamente demandados tanto no mercado interno quanto para exportação.

Um fator de destaque é o crescimento da pesca esportiva, que também movimenta a economia, especialmente em regiões como Cabo Frio e Angra dos Reis. Esse tipo de pesca atrai turistas nacionais e internacionais e contribui para o aquecimento de outros setores, como o hoteleiro e de serviços.


Depoimentos dos Pescadores

Apesar da importância da pesca para o estado, muitos pescadores artesanais relatam dificuldades para manter a atividade rentável. João Carlos, pescador de Niterói há mais de 30 anos, expressa sua preocupação com a redução da captura nos últimos anos:

"Antigamente, em um dia bom, conseguíamos trazer o barco cheio de peixe. Hoje, saímos por horas e voltamos com menos da metade do que conseguíamos há 10 anos. A situação está difícil, e muitos pescadores estão desistindo da profissão."

Um dos problemas apontados por João é o impacto da poluição marinha. As águas da Baía de Guanabara, uma das áreas mais tradicionais de pesca, estão sofrendo com altos níveis de contaminação, o que tem afetado a reprodução de peixes e crustáceos.

Outro pescador, Antonio Ferreira, que atua em Cabo Frio, menciona as dificuldades impostas pelas regulamentações:

"A fiscalização está muito mais rígida, e isso é bom para proteger o meio ambiente. Mas muitas vezes, nós, pescadores artesanais, somos prejudicados porque as leis não são claras e os órgãos responsáveis não nos dão o apoio necessário para entender e nos adequar."


Desafios e Oportunidades

A pesca no Rio de Janeiro enfrenta desafios que vão além da diminuição dos estoques pesqueiros. A falta de infraestrutura adequada em alguns portos, o aumento da concorrência com a pesca industrial e a necessidade de modernização da frota artesanal são problemas apontados por especialistas.

Ao mesmo tempo, há oportunidades que podem ser exploradas para fortalecer o setor. Uma delas é o investimento em projetos de aquicultura, que tem ganhado destaque em algumas regiões. Em 2023, o governo estadual anunciou o investimento de R$ 10 milhões em iniciativas voltadas à criação de peixes em cativeiro, como tilápia e tambaqui. O objetivo é diminuir a pressão sobre os estoques naturais e oferecer uma nova fonte de renda para os pescadores.

Além disso, programas de capacitação e a criação de cooperativas de pescadores têm mostrado bons resultados em algumas comunidades, ajudando a aumentar a produtividade e garantir melhores condições de trabalho.


Considerações Finais

A pesca no estado do Rio de Janeiro é uma atividade essencial, tanto do ponto de vista econômico quanto cultural. Entretanto, a sustentabilidade desse setor depende de políticas públicas eficazes, que incentivem a modernização da pesca artesanal e a proteção dos recursos naturais. O depoimento de pescadores revela a necessidade de maior diálogo entre os trabalhadores do mar, o governo e a sociedade para que essa tradição continue viva, garantindo sustento e qualidade de vida para milhares de famílias.

A busca por soluções que equilibrem a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico é o principal desafio para o futuro da pesca fluminense. Com políticas adequadas, é possível promover uma pesca mais sustentável e lucrativa para todos os envolvidos.

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domingo, 15 de setembro de 2024

As Polêmicas e Desdobramentos Legais no Caso Deolane Bezerra

Prisão cautelar de Deolane Bezerra em operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais (Estratégia)

Por Cleide Gama 

Policial: O caso envolvendo a advogada e influenciadora Deolane Bezerra ganhou destaque na mídia devido a uma série de polêmicas e disputas públicas. Deolane, conhecida inicialmente por ser viúva do cantor MC Kevin, ampliou sua presença nas redes sociais com seu estilo direto e envolvimento em debates sobre temas variados. O caso mais notório foi sua implicação em investigações que alegaram envolvimento com crimes relacionados a tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Em meio às investigações, houve buscas em propriedades da influenciadora, gerando grande repercussão.

Além das questões legais, Deolane também esteve envolvida em diversas polêmicas nas redes sociais, incluindo brigas públicas com outros influenciadores e discussões sobre ética e comportamento. Apesar das controvérsias, ela manteve uma base de fãs fiel e continuou ativa em sua carreira digital e como advogada.

A combinação de sua personalidade carismática e os desdobramentos legais contribuíram para que o caso Deolane se tornasse um dos mais comentados na mídia brasileira, suscitando debates sobre a influência de figuras públicas e o poder das redes sociais na sociedade contemporânea.

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Praia de Mauá: História e Legado às Margens da Baía de Guanabara

Foto: Praia de Mauá (Foursquare)

Baixada: A Praia de Mauá, localizada no município de Magé, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, carrega uma história rica e significativa para a região. Situada às margens da Baía de Guanabara, Mauá já foi um importante ponto de conexão entre o Rio de Janeiro e Petrópolis durante o século XIX, servindo como um dos principais portos de embarque e desembarque na época imperial.

A praia, e o distrito de mesmo nome, se desenvolveram em torno do Porto de Mauá, inaugurado em 1854 como parte do projeto de construção da primeira ferrovia do Brasil, idealizado pelo Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza. A Estrada de Ferro Mauá ligava o porto à localidade de Fragoso, na Serra da Estrela, facilitando o escoamento de produtos e o transporte de passageiros. Esse marco fez da Praia de Mauá um ponto estratégico de movimentação comercial e um símbolo de modernidade no Brasil imperial.

Com o tempo, no entanto, o desenvolvimento da região foi freado pela falta de investimentos, e o porto acabou perdendo importância, o que impactou diretamente o distrito e sua praia. Ainda assim, a área manteve sua relevância local e turística, principalmente por suas belezas naturais, seu clima agradável e pela vista para a Baía de Guanabara.

Atualmente, a Praia de Mauá é um local que atrai visitantes que buscam tranquilidade e contato com a natureza. Embora o turismo na região tenha diminuído ao longo dos anos, a história de Mauá ainda é lembrada e celebrada, especialmente pelo legado deixado pelo Barão de Mauá e seu papel no desenvolvimento da infraestrutura e da indústria do país.

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