quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Tráfico se Reinventa: Facções Expandem Controle Além das Favelas na Zona Norte do Rio

Foto de arquivo: Megaoperação policial combate o crime na Penha... (Fonte Extra).

Por Marcelo Procópio 

Policial: O domínio territorial das facções criminosas no Rio de Janeiro atingiu novos níveis de ousadia. Grupos que controlam áreas como os bairros da Penha, Brás de Pina e Cordovil, na Zona Norte, ampliaram suas operações para além das favelas. Agora, além do tráfico de drogas, exploram negócios ilegais fora das comunidades, como a venda de sinais clandestinos de internet e TV por assinatura.

A situação se agravou com a instalação de câmeras pelos criminosos na área da Praça do Country, usadas para monitorar moradores e evitar operações policiais. Esse avanço reflete a organização das facções: no Complexo da Penha, dominado por Edgar Alves de Andrade, o Doca, do Comando Vermelho (CV), barricadas foram reforçadas em acessos estratégicos, e ações violentas, como o incêndio de um carro, ocorrem mesmo durante operações policiais.

Do outro lado, na região da Cinco Bocas, no Complexo de Israel, a quadrilha de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, do Terceiro Comando Puro (TCP), exibe armas de guerra nas ruas, muitas vezes à luz do dia. Moradores relatam que técnicos de empresas de internet foram expulsos da área e que agora são forçados a contratar o serviço clandestino do tráfico.

Entre os complexos da Penha e de Israel, passando pelo Morro do Quitungo, a tensão é permanente. Relatos de moradores indicam que o trânsito na região é como cruzar um campo minado, onde qualquer passo pode ser fatal.

A Polícia Civil, em uma operação recente, registrou imagens de cerca de 30 bandidos armados deixando o Complexo da Penha pela Serra da Misericórdia, evidenciando a rota de fuga utilizada por criminosos desde 2010. Segundo o secretário estadual de Segurança, Victor Santos, a operação buscava reunir provas dos crimes, mas não tinha como objetivo imediato prender os criminosos.

Enquanto isso, a população vive cercada pelo medo e pela violência, submetida a um regime paralelo que dita desde a mobilidade até o acesso a serviços básicos como internet. O silêncio das autoridades sobre a escalada do crime nos complexos reforça a sensação de abandono e insegurança que permeia a região.

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Desafios para Gerar Empregos para os Jovens da Baixada Fluminense

 

Foto de arquivo: Desemprego entre jovens no Brasil tem maior taxa em 27 anos (OIT).

Por Cleide Gama 

Juventude: A Baixada Fluminense, região populosa e diversa do estado do Rio de Janeiro, enfrenta desafios históricos no mercado de trabalho, especialmente quando se trata da inserção de jovens. Apesar de sua riqueza cultural e geográfica, a região lida com problemas estruturais que dificultam a criação de oportunidades para uma parcela significativa da sua população.


1. Educação e Qualificação Profissional

Um dos principais desafios é a falta de acesso a uma educação de qualidade e a programas de qualificação profissional. Escolas públicas sobrecarregadas e com recursos limitados frequentemente não conseguem preparar os jovens para o mercado de trabalho. Além disso, a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes na região ainda é insuficiente para atender à demanda de setores que buscam mão de obra qualificada.

Nesse contexto, iniciativas como a do Instituto Evandro Brasil, que oferece cursos acessíveis e de alta qualidade, como o de Empreendedorismo, Eletricista e o de Cuidadores de Idosos, são fundamentais. Elas ajudam a preencher a lacuna entre a formação básica e as exigências do mercado de trabalho.


2. Falta de Investimentos em Infraestrutura e Empresas Locais

A Baixada Fluminense carece de investimentos públicos e privados que promovam a criação de empregos locais. Muitas empresas preferem se instalar na capital ou em regiões com melhor infraestrutura, deixando os jovens da Baixada com poucas opções além de buscar trabalho fora da região ou aceitar empregos informais.

Para reverter esse cenário, é essencial que governos e iniciativas privadas invistam em polos industriais, tecnológicos e de serviços na região, criando empregos que atendam às necessidades da juventude local.


3. Transporte e Mobilidade Urbana

Outro obstáculo significativo é a dificuldade de deslocamento para os grandes centros, onde estão concentradas as melhores oportunidades de trabalho. Transportes caros, demorados e ineficientes limitam o acesso dos jovens ao mercado de trabalho e à educação superior, restringindo suas perspectivas.

Investimentos em transporte público de qualidade e políticas que incentivem o trabalho remoto ou híbrido podem ser alternativas para mitigar esse problema.


4. Estigma e Preconceito

Infelizmente, os jovens da Baixada Fluminense também enfrentam preconceitos que dificultam sua contratação. Empresas de fora da região, muitas vezes, têm uma visão estereotipada sobre os moradores, associando-os a problemas sociais e de segurança. Esse preconceito reduz as chances de empregabilidade, mesmo quando o jovem possui qualificação.

Campanhas de valorização e programas que aproximem empregadores das comunidades podem ajudar a romper essas barreiras.


5. Empreendedorismo como Alternativa

Diante das dificuldades, muitos jovens recorrem ao empreendedorismo como alternativa para gerar renda. A criação de pequenos negócios tem sido uma solução criativa e resiliente. No entanto, o sucesso desses empreendimentos depende de apoio técnico e financeiro, que nem sempre está disponível.

Iniciativas como a oferta de cursos em Marketing Digital, Técnicas de Vendas e Administração podem ser essenciais para capacitar esses jovens a iniciar e gerenciar seus próprios negócios.


Caminhos para o Futuro

A solução para os desafios de empregabilidade na Baixada Fluminense requer um esforço conjunto entre governos, empresas, instituições de ensino e a sociedade civil. É essencial investir em educação, infraestrutura, combate ao preconceito e na criação de políticas públicas que incentivem o empreendedorismo e o desenvolvimento econômico local.

Organizações como o Instituto Evandro Brasil já estão contribuindo para transformar essa realidade, mas é preciso que outras instituições sigam o exemplo, oferecendo suporte e criando oportunidades para os jovens. Afinal, investir na juventude é garantir um futuro mais justo e próspero para toda a região.

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Duque de Caxias Avança no Debate Sobre Segurança Alimentar no 4º Encontro Municipal

Foto registrada ao final do encontro 

Por Marcos Vinicius 

Duque de Caxias: A Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias (CAISAN-DC) promoveu, nesta segunda-feira (02/12), no auditório da Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, o 4º Encontro Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. O evento reuniu representantes de diversas entidades, gestores públicos e especialistas, consolidando-se como um importante espaço para discussões e troca de conhecimentos sobre políticas de segurança alimentar.

Um dos pontos altos da programação foi a palestra "Equipamentos e Programas de Segurança Alimentar e Nutricional", conduzida por Victor Hugo Miranda, superintendente de Estado da Segurança Alimentar Nutricional (SAN) da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, e por Claudia Olsieski da Cruz, Coordenadora Estadual de Gestão do SISAN (SUPSAN/SEDSODH). A exposição proporcionou um rico ambiente de aprendizado, abordando experiências práticas e desafios na implementação de políticas públicas no setor.

Sidney Neves e Evandro Brasil, membros do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, também marcaram presença e contribuíram com suas perspectivas. Durante os debates, Evandro Brasil destacou a importância do encontro, parabenizando todos os envolvidos e enfatizando: "É fundamental que os presentes levem essas informações para seus pares e comunidades, ajudando a divulgar e fortalecer as ações dessa política pública tão essencial."

O encontro também reforçou o compromisso com a Meta 1.8 do 2º Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias, que prevê a realização de eventos voltados para a conscientização e promoção da segurança alimentar. A iniciativa reafirma o papel de Duque de Caxias como referência no combate à fome e na promoção de uma alimentação digna e saudável para sua população.


segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Trama Golpista: Como Generais e Aliados Bolsonaristas Tentaram Minar a Democracia

Foto de arquivo: Dia 8 de janeiro de 2023 milhares de manifestantes ocuparam a Praça dos Três Poderes em Brasília, agrediram policiais, depredaram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (Senado Federal).

Por Marcelo Procópio 

Conspiração: Nos bastidores do poder, uma trama silenciosa começou a se desenhar envolvendo generais do exército e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Movidos pelo descontentamento com a derrota eleitoral e pela ideologia conservadora que os unia, essas figuras tentaram traçar um plano que visava enfraquecer as instituições democráticas e, em última instância, restaurar um regime alinhado aos valores que defendiam.

As reuniões clandestinas, muitas vezes encobertas por discursos patrióticos e de defesa da pátria, tinham o objetivo de desacreditar o processo eleitoral e instaurar uma narrativa de fraude. Usando a influência nas Forças Armadas e na mídia conservadora, essas figuras buscaram semear a desconfiança e manipular a opinião pública, explorando a polarização política do país.

O plano envolvia desde a desestabilização política com protestos e bloqueios, até a possibilidade de ações mais extremas, que incluíam a tentativa de criar um clima de caos e insegurança para justificar uma intervenção militar. No entanto, as instituições democráticas, mesmo sob pressão, resistiram, e os esforços para um golpe não encontraram apoio suficiente.

A trama, que ainda está sendo investigada, revela o quanto as ameaças à democracia podem surgir de dentro, por meio de alianças perigosas entre figuras públicas com poder e ideais autoritários. A tentativa frustrada de minar o sistema democrático acendeu um alerta sobre a necessidade constante de vigilância para preservar a liberdade e a estabilidade política do país.

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sábado, 23 de novembro de 2024

Crime Organizado: Da Ficção nasTelas do Cinema à Realidade nas Ruas em Nosso País

Foto de arquivo: Imagem de divulgação do filme Assalto ao Carro Forte, lançado em 2005

Por Marcos Vinicius 

Crime Organizado: O crime organizado no Brasil tem uma longa história de adaptação e influência externa, incluindo a inspiração de filmes norte-americanos sobre máfia e gangues. A partir dos anos 1980, com a popularização dos filmes hollywoodianos, o imaginário do crime organizado no Brasil passou a ser influenciado pelas representações cinematográficas dos Estados Unidos.

Filmes clássicos como O Poderoso Chefão (1972) e Scarface (1983) não apenas se tornaram sucesso de bilheteria, mas também influenciaram a maneira como grupos criminosos brasileiros passaram a se organizar e a se enxergar. A ideia de uma hierarquia bem definida, códigos de conduta, e a noção de "família" no crime, presentes nesses filmes, começaram a ser adotadas por facções brasileiras. Termos como "chefão", "consigliere", e "soldados" entraram no vocabulário do crime organizado no Brasil, simbolizando essa influência.

Nos anos 1990 e 2000, a consolidação de grandes facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), trouxe ainda mais paralelos com as organizações mostradas nos filmes norte-americanos. Assim como os mafiosos de Hollywood, líderes de facções adotaram estratégias de expansão, influência territorial e cooptação de autoridades, com um discurso de "proteção" aos seus membros e comunidades.

Além disso, a glamorização do crime que muitos filmes trazem tem impacto na juventude das comunidades periféricas, onde, muitas vezes, a vida do crime é vista como uma forma de obter poder, status e dinheiro rápido, reproduzindo a imagem de gangsters e mafiosos mostrada nos filmes.

Porém, há diferenças importantes: enquanto a máfia norte-americana clássica tende a atuar de forma mais discreta, longe dos holofotes e com uma estrutura de comando rígida, o crime organizado no Brasil muitas vezes se envolve em atos públicos de violência extrema e tem uma estrutura mais descentralizada. Mesmo assim, as semelhanças no uso do medo, intimidação e em algumas estratégias de atuação refletem essa inspiração nos filmes.

O resultado é um cenário onde o crime organizado no Brasil é uma mistura de elementos locais, com as características da marginalidade das favelas e periferias, e a imitação do "glamour" e do poder dos filmes de gangsters dos Estados Unidos. A mídia e o entretenimento, nesse contexto, acabam por moldar e influenciar tanto o imaginário social quanto as práticas reais de grupos criminosos.

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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Investigação de Caso Fatal em São João de Meriti: Polícia Apura Circunstâncias de Duas Mortes

 

Foto de arquivo: Fachada da Delegacia de Homicídio da Baixada Fluminense 

Por Cleide Gama 

Policial: Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investigam a morte de duas pessoas, uma mulher de 38 anos e seu companheiro, em São João de Meriti. A Polícia Civil informou, por meio de nota, que trabalha com a hipótese de que um incidente envolvendo o casal resultou nas duas fatalidades, mas a investigação ainda está em andamento para determinar as circunstâncias exatas do caso.

De acordo com a Polícia Militar, equipes do 21º Batalhão (21º BPM) foram chamadas ao bairro Coelho da Rocha, onde encontraram os dois já sem vida. No local, as autoridades apreenderam um revólver e isolaram a área para que a perícia da DHBF pudesse realizar o trabalho técnico.

O caso segue em investigação para esclarecer os detalhes do ocorrido e entender a motivação do incidente. Testemunhas e pessoas próximas serão ouvidas para ajudar a elucidar o que levou ao trágico evento.

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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

PF Indicia Bolsonaro e Outros 36 por Crimes contra o Estado Democrático

Foto: Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República.

Por Marcelo Procópio 

Brasília: Nesta quinta-feira, 21 de novembro de 2024, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto, e outras 35 pessoas por crimes relacionados à organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. A conclusão das investigações sobre a tentativa de golpe, que ocorreu após o resultado das eleições presidenciais de 2022, será enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O inquérito revelou que os indiciados atuavam em grupos organizados, o que possibilitou a individualização das ações, segundo a PF. Entre esses grupos, destacaram-se os responsáveis por desinformação, ataques ao sistema eleitoral e incitação de um golpe de Estado. Este é um marco histórico, sendo a primeira vez que um presidente é acusado de conspirar contra a democracia durante o período democrático brasileiro.

Além do ex-presidente, os indiciados incluem Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), e o General Braga Netto, ex-ministro da Defesa. As provas, baseadas em áudios, mensagens, vídeos, gravações e delações premiadas, incluem um projeto de decreto golpista para estabelecer "Estado de sítio" no TSE e um vídeo no qual Bolsonaro alerta sobre a necessidade de ação antes das eleições. Ele declarou: "Se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil."

As penas para os crimes variam: golpe de Estado (4 a 12 anos de prisão), abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de reclusão) e participação em organização criminosa (3 a 8 anos de prisão). A decisão de formalizar a denúncia ao STF cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR). Caso a denúncia seja aceita, os acusados serão julgados.

As investigações, que duraram quase dois anos, contaram com diversas medidas policiais, incluindo quebras de sigilos e colaborações premiadas. A estrutura organizada dos envolvidos foi dividida em núcleos com funções específicas, permitindo a PF identificar as ações de cada um. Com a entrega do relatório final, a Polícia Federal conclui a fase investigativa sobre as tentativas de golpe e os ataques ao sistema democrático no Brasil.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Plano de Golpe de Estado Envolvendo Militares Incluía Monitoramento e Possível Assassinato de Moraes, Revela Relatório da PF

Foto de arquivo: Kids Pretos, Forças Especiais

Por Marcos Vinicius 

Conspiração: Um relatório detalhado da Polícia Federal (PF), encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), revela que o ministro Alexandre de Moraes foi alvo de vigilância por parte de militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a partir de novembro de 2022. A iniciativa teria se originado após uma reunião na residência do general Walter Souza Braga Netto, à época candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.

De acordo com a PF, o monitoramento de Moraes fazia parte do plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. O objetivo do plano era desestabilizar a transição de poder para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e impedir sua posse por meio de um golpe de Estado. O relatório aponta que o plano incluía até mesmo a possibilidade de eliminar o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o uso de métodos drásticos como explosivos ou veneno.


Disposição para o Sacrifício e "Danos Colaterais"

A investigação revelou que os organizadores do plano estavam dispostos a sacrificar vidas para cumprir o objetivo. Segundo o relatório, os responsáveis aceitavam "danos colaterais", um termo que incluía tanto a eliminação da equipe de segurança de Moraes quanto a morte de militares envolvidos na operação. Isso, segundo a PF, indicava a disposição dos conspiradores em arriscar as próprias vidas para concretizar o assassinato do ministro.

Era admissível, para garantir o sucesso da missão, neutralizar o que eles consideravam ser o 'centro de gravidade', que impedia o sucesso do golpe de Estado,” declara a PF.


Prisões e Detalhes da Operação

A investigação, que levou à prisão de cinco suspeitos na última terça-feira, 19, também revelou planos de atentados contra outras figuras políticas, incluindo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o próprio Moraes. A reunião na casa de Braga Netto, realizada em 12 de novembro de 2022, contou com a presença de membros das Forças Armadas, entre eles o tenente-coronel Mauro Cid, o major Rafael de Oliveira, e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima.


"Kids Pretos" e Monitoramento Secreto

O plano foi discutido e aprovado no encontro, conforme relataram os delegados da PF, Fábio Shor, Rodrigo Morais Fernandes, Elias Milhomens, e Luciana Caires. O grupo de militares envolvidos foi apelidado de "kids pretos". O relatório menciona que o monitoramento do ministro Moraes teve início entre os dias 21 e 23 de novembro de 2022, sendo coordenado por figuras próximas ao círculo de Bolsonaro, incluindo Mauro Cid e Marcelo Câmara, assessor especial do ex-presidente.

Fontes internas, ligadas aos conspiradores, forneceram informações detalhadas sobre os deslocamentos de Moraes em Brasília, informações essas que seriam usadas para uma eventual ordem de prisão ou outras ações contra ele, caso o golpe de Estado fosse levado adiante. A operação mostra a profundidade e seriedade da ameaça enfrentada durante a transição de governo no final de 2022.


Novas Revelações e Impacto Político

As novas informações reforçam a gravidade das ações investigadas e trazem à tona debates sobre a participação de setores militares em tentativas de desestabilização política no Brasil. O impacto dessa revelação aumenta a pressão sobre as instituições para investigar e esclarecer a extensão das ações golpistas e responsabilizar os envolvidos. Além disso, gera preocupação sobre a segurança das autoridades e o risco de infiltração militar em operações de alto nível, colocando a estabilidade democrática brasileira sob os holofotes.


Associação Brasileira de Imprensa Defende Liberdade de Imprensa e Condena Ameaças à Democracia

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) tem se manifestado de forma contundente em defesa da liberdade de imprensa e da integridade do jornalismo no Brasil, especialmente em momentos de crises políticas e sociais. A entidade, que historicamente desempenha um papel crucial na defesa dos direitos fundamentais e no combate à censura, tem reiterado seu compromisso com a democracia e a transparência pública.


Defesa da Liberdade de Expressão

A ABI considera a liberdade de expressão e a atuação livre da imprensa como pilares essenciais para a manutenção da democracia. Em recentes declarações, a associação sublinhou a importância de um jornalismo independente que possa investigar e divulgar informações de interesse público sem medo de retaliações. Para a ABI, qualquer tentativa de censurar, intimidar ou ameaçar jornalistas representa um ataque direto à democracia e aos direitos dos cidadãos.


Reação a Ameaças e Pressões

Nos últimos anos, a ABI tem intensificado suas críticas a ameaças direcionadas a profissionais de imprensa. Em ocasiões onde jornalistas foram alvo de ataques, a associação não apenas se solidarizou com os profissionais afetados, mas também demandou ações imediatas por parte das autoridades para garantir a segurança daqueles que desempenham a função de informar. Para a ABI, é essencial que haja um ambiente seguro para o exercício da atividade jornalística, sem o qual a sociedade perde uma de suas principais ferramentas de controle social e accountability.


Combate à Desinformação e Defesa da Ética Jornalística

Além de defender a liberdade de imprensa, a ABI tem adotado uma postura ativa no combate à desinformação. A associação tem incentivado o uso de práticas éticas e transparentes no jornalismo, promovendo debates e capacitação sobre como lidar com fake news e conteúdos enganosos. Para a ABI, o jornalismo responsável é parte da solução para enfrentar a propagação de desinformação que ameaça a credibilidade das instituições democráticas.


Apoio à Democracia e Respeito às Instituições

Em momentos de tensão política, a ABI tem reiterado seu apoio ao Estado de Direito e ao funcionamento das instituições democráticas. A associação se posicionou, em diversas ocasiões, contra discursos que busquem desacreditar ou enfraquecer as instituições brasileiras, afirmando que o jornalismo deve atuar de forma vigilante, mas também respeitosa, em relação às regras que sustentam o sistema democrático.


Desafios Atuais e Futuro

A Associação Brasileira de Imprensa está atenta aos desafios que a liberdade de imprensa enfrenta no cenário digital, onde a disseminação rápida de informações, muitas vezes não verificadas, pode gerar crises e impactos negativos. Para a ABI, o futuro do jornalismo no Brasil depende da valorização da imprensa profissional, da manutenção de um ambiente onde a crítica e a investigação sejam protegidas, e do compromisso das plataformas digitais em atuar de forma responsável.

Com sua longa história de luta pela liberdade de expressão, a ABI permanece firme em sua missão de garantir que a imprensa brasileira continue sendo uma força atuante na defesa da verdade, dos direitos humanos e da democracia no país.

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Candidaturas Suspeitas Ameaçam Composição da Câmara de Nova Iguaçu

Foto de Arquivo: Marquinho do Chapéu (PDT)

Por Marcos Vinicius 

A Federação PSDB/Cidadania está sob investigação da Justiça Eleitoral de Nova Iguaçu por supostamente lançar candidaturas fictícias para o cargo de vereadora. A 156ª Zona Eleitoral abriu uma ação de investigação judicial após denúncia do candidato a vereador Marquinho do Chapéu, do PDT.

Marquinho alega que, das oito mulheres que compuseram a chapa da Federação, duas não conseguiram votos sequer para si mesmas. “Essas candidatas não participaram de atividades de campanha, nem presencialmente nem nas redes sociais. Isso levanta sérias suspeitas de que elas foram inscritas apenas para cumprir a cota de gênero”, afirmou o pedetista. Segundo ele, tal prática seria uma fraude que busca garantir a participação do partido sem respeitar a legislação eleitoral.

O candidato exige que, se a fraude for confirmada, todos os votos recebidos pelos candidatos da Federação PSDB/Cidadania sejam anulados e que os responsáveis percam seus direitos políticos por 8 anos. “Não podemos permitir que a velha política manipule as regras em benefício próprio”, declarou Marquinho.

O impacto da denúncia pode ser significativo. A Federação conseguiu eleger dois vereadores, Wesley Lopes e Alexandre da Padaria, ambos do PSDB. Alexandre, reeleito pela terceira vez, expressou surpresa e negou qualquer irregularidade: “Temos confiança no processo e acreditamos que tudo será esclarecido. Nunca vi irregularidades em nossa campanha”. Caso os mandatos sejam cassados, haverá uma recontagem de votos que pode favorecer diretamente Marquinho do Chapéu, que ficou como suplente após obter 4.221 votos.

O juiz eleitoral, Gustavo Quintanilha Telles de Menezes, já notificou as duas candidatas acusadas, assim como a direção da Federação PSDB/Cidadania, para que se manifestem no prazo de cinco dias. Em seguida, o Ministério Público Eleitoral dará seu parecer sobre o caso.

A cidade de Nova Iguaçu aguarda com expectativa os desdobramentos desse processo que pode alterar a composição da Câmara e mudar o cenário político local. Entre os eleitores, a sensação é de desconfiança. “Se isso realmente aconteceu, é uma vergonha para a nossa política”, comentou a comerciante Maria Lopes. Já o estudante Rafael Pereira, de 22 anos, vê com cautela: “Espero que tudo seja esclarecido antes que qualquer medida seja tomada. Precisamos de transparência.”

Os próximos dias serão decisivos para definir o futuro político de Nova Iguaçu, e a pressão sobre a Justiça Eleitoral aumenta à medida que se aproxima o prazo final para respostas.

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Estrutura Administrativa e Financeira de Duque de Caxias: Um Panorama Atual


Foto de arquivo: Centro do município de Duque de Caxias vista de cima

Poe Evandro Brasil 

Nossa cidade: Duque de Caxias, situado na Baixada Fluminense, é um dos municípios mais importantes do estado do Rio de Janeiro, tanto em termos econômicos quanto administrativos. A seguir, veja como está organizada a administração, o orçamento e a estrutura municipal atual:


Organização Administrativa

Duque de Caxias está dividido administrativamente em quatro distritos: Primeiro Distrito (Centro), Segundo Distrito (Campos Elíseos), Terceiro Distrito (Imbariê) e Quarto Distrito (Xerém). Cada distrito possui características e demandas específicas, que influenciam as prioridades de gestão pública. A estrutura administrativa é composta pelo Executivo, liderado pelo prefeito, e pelo Legislativo, representado pela Câmara Municipal, responsável por aprovar leis e fiscalizar as ações do Executivo.


Orçamento Municipal

Para o ano de 2024, a Câmara de Vereadores aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as prioridades da gestão municipal e serve como base para a Lei Orçamentária Anual (LOA). A LDO de 2024 foi aprovada em junho, indicando um planejamento financeiro focado em infraestrutura urbana, serviços sociais e saúde pública, refletindo as demandas dos distritos locais. A receita prevista inclui arrecadação de impostos municipais, transferências do governo estadual e federal, e outras fontes de financiamento público.


Estrutura Orçamentária

Em 2023, o orçamento consolidado da cidade foi delineado por diversos programas e ações que visam à melhoria dos serviços públicos. A LDO segue o Plano Plurianual (PPA), que define metas e objetivos para um período de quatro anos, garantindo continuidade e foco nas políticas públicas prioritárias, como saúde, educação e mobilidade urbana. Projetos para revitalização de áreas públicas e melhorias na infraestrutura urbana também estão entre as ações aprovadas.


Foco em Investimentos e Infraestrutura

A estrutura de investimentos do município prioriza a melhoria de espaços públicos e a manutenção da infraestrutura existente. Projetos recentes incluem a reforma de praças, academias ao ar livre e revitalização de vias, demonstrando um compromisso com a qualidade de vida dos cidadãos e a valorização dos bairros de todas as regiões administrativas.

Este panorama reflete a complexidade e a importância da gestão pública em Duque de Caxias, focada em atender as demandas da população e promover o desenvolvimento local.


Duque de Caxias: Estrutura Administrativa e Realidades Sociais

Orçamento Municipal Para 2024, 

Duque de Caxias contou com um orçamento estimado em cerca de R$ 2,9 bilhões. Esse montante é direcionado a áreas como saúde, educação, infraestrutura e segurança pública, refletindo as prioridades do município em atender suas demandas sociais e econômicas.


Pobreza e Miséria 

Duque de Caxias, parte da região metropolitana do Rio de Janeiro, enfrenta desafios significativos em relação à pobreza e desigualdade social. O município possui áreas com elevados índices de vulnerabilidade, onde a pobreza e a miséria são realidades marcantes. A desigualdade de renda é acentuada, com algumas comunidades enfrentando falta de acesso a serviços básicos e oportunidades econômicas adequadas.


Saneamento Básico 

O saneamento é uma questão crítica. Duque de Caxias está entre os municípios com os piores índices de saneamento básico no Brasil. Apenas uma parte da população tem acesso a coleta e tratamento de esgoto, enquanto o fornecimento de água é irregular em diversas áreas. A cidade está atualmente elaborando seu Plano Municipal de Saneamento, mas enfrenta dificuldades devido à ausência de políticas consolidadas e de um conselho municipal dedicado ao tema.


Segurança Pública 

Como muitos municípios da Baixada Fluminense, Duque de Caxias enfrenta desafios de segurança pública, com registros de violência urbana e criminalidade. O combate ao crime deve ser uma prioridade para a administração municipal, buscando aumentar o investimento em policiamento e políticas preventivas para reduzir a violência na região.


Moradia 

A habitação também é um problema crítico, com áreas informais e favelas enfrentando falta de infraestrutura adequada. A escassez de moradias dignas e a precariedade de serviços urbanos, como pavimentação e iluminação, afetam diretamente a qualidade de vida dos moradores mais pobres do município.

Esses dados destacam a complexidade e os desafios de administrar um município como Duque de Caxias, onde questões sociais, econômicas e estruturais exigem atenção constante para promover melhorias significativas na qualidade de vida da população.

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Tráfico se Reinventa: Facções Expandem Controle Além das Favelas na Zona Norte do Rio

Foto de arquivo: Megaoperação policial combate o crime na Penha... (Fonte Extra). Por Marcelo Procópio  Policial:  O domínio territorial das...